terça-feira, 19 de maio de 2015

Scribe a rede social para escritores e leitores.

"Somos leitores. Somos escritores. Somos Scribe. Seja parte dessa comunidade".
Essa é a frase de uma não exatamente nova, mas pouco notória rede social criada por Kelvin Araki com a proposta de descobrir novos talentos literários, e/ou saciar a sede de quem ama ler coisas novas, o que eu particularmente achei incrivel, por isso estou aqui lhes informando sobre. Os textos variam de poesias a contos, ou crônicas e opiniões, portanto, textos pequenos. Como qualquer rede social há troca de seguidores, parceiros (editoras no caso) etc. Os textos são divulgados pela própria rede social dependendo das visualizações; sem contar os concursos literários diversos, que também ajudam na divulgação dos autores.

O mais interessante ao meu ver é o fato de que o cadastramento pode ser feito pelo Facebook ou pelo Twitter, assim sendo seu perfil no Scribe já vem todo pronto baseando-se no perfil da rede social escolhida. Obviamente, há também a opção de cadastrar um perfil totalmente independente e novo.
(onde se produz os textos)

Eu particularmente adorei o Scribe, além de ser interessantíssimo é bem simples, e com pouco tempo você compreende o funcionamento de tal.
Para se cadastrar CLIQUE AQUI.  O meu perfil é esse http://wescribe.co/u/julia-ribeiro-de-oliveira/profile, eu estou seguindo todo mundo que me seguir (sou novata então estou tentando me enturmar ainda, kk). E agradeço a Juliana Wood por me informar sobre.


Espero que tenham gostado do post, qualquer dúvida perguntem nos comentários, beijos e até.


terça-feira, 12 de maio de 2015

Folclore Oculto: 6º Episódio; Ultima Parte.

Olá leitores.
Na ultima parte (AQUI) eu deixei certas dúvidas sobre o caráter do amado personagem Cissa, e hoje deixarei o rapaz se explicar. Tirem vossas conclusões.
  
(esse tempo no sítio está mudando Núbia, se não se lembram, nos primeiros episódios ela tinha mechas e seus cabelos eram bem curtinhos, mas algumas semanas depois, sem cabelereiro e morando no mato dá o que vemos na imagem a cima).

5

Núbia andou em passo ligeiro pelo bosque escuro, seus pensamentos estavam tão confusos quanto a vez e que foi hipnotizada pelo boto, oh sim, estavam muito mais confusos. Logo alguém surgiu da mata repentinamente e a colocou contra uma arvore, de forma inesperada, mas não brusca.
_ Oi menina _ disse Cissa com seu sorriso maroto.
Núbia mexeu os braços e soltou-se de Cissa.
_ Nunca perde essa mania de aparecer do nada! _ reclamou Núbia.
_ Perdão _ disse Cissa _ eu só queria te acompanhar, vai se um louco aparece do nada na mata e te agarra _ ironizou.
Núbia não pareceu gostar da piada, permaneceu nem um pouco humorada, o que não foi difícil para Cissa notar.
_ O que foi? Parece brava.
_ Confusa _ corrigiu Núbia ríspida. _ Preciso conversar com você.
_ Está bem _ disse Cissa curvando a cabeça na tentativa de ver melhor o rosto de Núbia que permanecia baixo e bravo. _ Eu também precisava falar com você, mas... acho que não é uma boa hora para isso.
_ Depende _ disse Núbia. _ O que você quer falar? _ Antes que Cissa dissesse algo Núbia prosseguiu. _ Por acaso seria a verdade sobre você? Ou vai continuar mentindo para mim? Quando estava pensando em falar a verdade, hein? Quando eu já tivesse roubado o capuz para você? Ou quando isso acontece você simplesmente iria dar um fim em mim?
Cissa ficou por alguns segundos paralisado, depois conseguiu soltar o ar dos pulmões e esboçar um sorriso.
_ Do que está falando menina? Ficou louca, é?
Núbia o fuzilou com os olhos e o puxou pela gola da camisa aproximando os rostos.
_ Deixa de ser cínico Cissa.
Cissa franziu os olhos.
_ Assim, te olhando de perto, você fica mais atraente _ comentou espontaneamente.
Núbia rosnou e o soltou, depois uma turbilhão de sentimento a invadiu e ela sentiu seus olhos lagrimejarem, tentou segurar o choro com toda a força que pode, mas era quase impossível.
Ela sabia que se Edgar tivesse falado a verdade, Cissa jamais contaria nada a ela, e se não tivesse, também.
Ela simplesmente sentou no chão úmido do bosque e ficou sem ação, totalmente perdida. Cissa então sentou junto a ela e respirou fundo.
_ Eu sabia que Edgar faria isso, só não imaginei que seria tão cedo _ disse Cissa, e Núbia o fitou; ele prosseguiu: _Me perdoa menina, por te mentido para você no inicio, e de realmente ter pensado na possibilidade de lhe usar para reconquistar meu capuz. Me perdoa por ser um idiota, grosso de vez em quando, e te levar para lugares sem te perguntar se você quer ir, e principalmente, quero que me perdoe por ter me apaixonado por você, e por isso, mesmo quando já tinha desconsiderado meu plano inicial, não ter conseguido te falar a verdade. Me perdoa Núbia Katleen Elizabeth Cabrall.
Núbia estava mais perdida ainda com tudo aquilo, mas a única coisa que conseguiu dizer foi:
_ Você lembra meu nome inteiro?
Cissa expressou um leve sorriso.
_ Me lembro de cada palavra dita por sua voz, e cada segundo vivido ao seu lado.
Núbia também esboçou um sorriso.
_ Esse lado galanteador você também escondeu de mim.
_ Esses livros de poesia me inspiram _ admitiu Cissa, ele então sorriu maroto _ E sua beleza também.
_ Já pode parar _ disse Núbia. _ Então você admiti, que tudo que Edgar disse é verdade?
_ Não sei o que Edgar disse, mas o conhecendo bem, posso dizer que uma parte é. Eu fui o Saci, não sou mais. E eu quis te usar inicialmente, mas no fim das contas, deixei que você me usasse.
Núbia não conseguia sentir ódio de Cissa, mas ao lembrar-se de tudo que leu sobre o Saci e o que Edgar contara sobre sua origem, também não conseguia vê-lo com os mesmos olhos de antes.
_ Você amaldiçoou os Cabrall?
_ Sim _ disse Cissa natural.
_ Antes de se transformar em Saci matou várias pessoas?
Aquilo deixou Cissa nervoso, mas ele ainda tentou responder.
_ Sim, mas isso faz séculos. Pra que ficar remoendo isso, não é?
_ Você era um demônio.
_ Exato, era. E o que prova que não sou mais é o fato de eu ter conseguido entrar na igreja aquela vez que fugíamos da Ângela-sem-cabeça, lembra?
Sem dúvida Núbia lembrava, mas ainda não havia relacionado os fatos.
_ Mas você tinha medo de entrar, achou que não conseguiria.
_ É que nem eu confiava muito em mim. Eu tinha tentado uma vez e senti minha pele inteira queimar, mas naquela noite, minha vontade de te proteger foi tanta que acho que fui perdoado por meus pecados temporariamente _ ele acariciou o rosto de Núbia. _ Você conseguiu me mudar, Menina.
_ E como sei que posso realmente confiar em você?
_ Não posso fazer nada sobre isso...
_ Nem eu _ disse Núbia em tom baixo; ela se levantou. _ Eu só queria ouvir de você tudo isso.
Ela tentou caminhar de volta,  mas Cissa segurou-a pelo braço.
_ Ei, não pode simplesmente ir dessa maneira!
Núbia o fuzilou com os olhos.
_ Por que não?
Cissa parecia não ter ouvido direito.
_ Eh... _ Cissa baixou o olhar. _ Posso ao menos te dar algo antes de você voltar para o covil daquele macumbeiro do Edgar?
Núbia deu de ombros.
Cissa tirou do bolso da calça uma espécie de colar, na verdade um simples fio marrom que amarrava uma pedra negra perfeitamente oval. Ele posicionou-se atrás de Núbia e colocou o colar prendendo o fecho de metal negro.
_ Essa é uma ônix, pedra que protege da negatividade e desenvolve seu espirito e energia mística _ disse Cissa descendo as mãos pelos braços de Núbia. _ Você não seria uma bruxa sem um colar de pedra.
Núbia afastou os braços das mãos de Cissa; segurou e analisou belo pingente natural.
_ Obrigada _ disse sem muito animo.
_ Acho que não tenho mais o que falar, não é? _ disse Cissa entortando os lábios. Núbia o fuzilou com o olhar, o que serviu como uma resposta que não, ele não tinha mais nada o que falar. _ Só... Permita-me ao menos fazer um pedido: Poderia se encontrar comigo amanhã, na cachoeira? Por favor.
Núbia não confirmou nada somente deu de ombros e se foi.

Chegando ao casarão, Núbia ouviu Edgar discutindo com alguém, uma voz feminina e familiar, que fez um arrepio lhe percorrer a espinha.
Entrou correndo e a viu na escada com um vestido verde de renda, longo e refinado. Ela passava as mãos pelo próprio corpo analisando-se.
_ Até que é bonitinho _ dizia a mulher olhando o vestido.
Edgar apoiado ao corrimão, permanecia com os braços cruzado a olhando impaciente.
_ Devia agradecer, depois de tudo que fez não merecia presente algum _ disse ele.
_ Lia! _ brado Núbia do andar de baixo.
A mulher do vestido de renda voltou-se a Núbia com um amplo sorriso.

_ Oi mocinha. Sentiu minha falta?


Espero que tenham gostado. Comentem o que acharam ;)
 O próximo episódio será também o ultimo e até agora, pelo que já escrevi, está ficando muito bom, vocês vão gostar.
Beijos e até a próxima.

domingo, 3 de maio de 2015

Folclore Oculto: 6º Episódio; P/4

Olá leitores!
É hoje que o mistério que creio não seja mais mistério para muitos leitores (povo esperto) será exposto, porque revelado... bem, já foi pelas dicas que dei ao longo da série.

Edgar contou que quando criança conheceu o Saci, e que até fez certa amizade com este, mas a ideia de vingança sempre permaneceu em sua mente. Com o tempo Edgar aprendeu magias brancas, voltou a deixar a imagem da família Cabrall limpa entre as criaturas folclóricas, mas sua ganancia destruiu tudo.
_ Admito ter cometido um certo deslize _ disse Edgar. _ Ter enganado todos e tudo não foi algo honroso, mas não me arrependo.
Núbia balançou a cabeça.
_ Mas e o Saci? O que aconteceu com ele?
_ Ficou  sem poderes, mas sabe, fui muito justo, dei-lhe a chance de usar seus poderes uma vez em toda a eternidade, não sei se já usou, e também devolvi sua perna decepada. Ele podia ser um rapaz comum, tirando o fato de nunca envelhecer. Eu também fui muito mais esperto que meu tataravô, fiz proteções em volta da casa, e no próprio capuz, assim aquele demônio jamais reconquistaria tal objeto.
_ Então... Ele ainda está vivo?
Edgar entortou os lábios.
_ Sim, e sabe, devo admitir admirar certas coisas em Saci. Uma delas é que mesmo sem poderes, ele pode ser perigoso, sua inteligência é de espantar, é um estrategista frio, falso, e sínico. Foi assim que ele conseguiu o capuz de volta na primeira vez, é um garoto esperto sem dúvida, mas não comigo, pois sou tão ardiloso quanto ele. Mas você, criança, mesmo sendo muito inteligente, estava vulnerável, sozinha, foi uma presa tão fácil para ele!
_ Do que está falando? _ perguntou Núbia com o coração acelerado.
_ A resposta está obducta em sua consciência Núbia, a liberte! Imagino o quão difícil é imaginar que aquele que lhe salvou de tantas criaturas horrendas também era uma delas, mas essa é a verdade.
_ Não! _ bradou Núbia com temor, e olhar raivoso. _ Acho que já bebeu muito vinho por hoje Edgar, não está falando coisa com coisa.
_ Ele fez tudo de caso pensado _ prosseguiu Edgar ignorando as palavras de Núbia. _ Cada passo, cada palavra fazia parte do plano. Ele percebeu o quão estava triste, e te fez sorrir, notou sua fragilidade e se fez de herói, mostrou que podia ser útil a ti, que era alguém que podia se confiar, mas era tudo mentira, criança. Uma de minhas proteções era um feitiço que fazia com que somente um Cabrall, um descendente meu podia tocar nesse capuz. Ele iria te conquistar até você fazer tudo por ele, a ponto de roubar o próprio tataravô! Ele iria te usar para conseguir o capuz de volta, mas eu percebi isso antes, e estou aqui te livrando dessa ilusão. Aquele que você chama de Cissa, é somente um psicopata tentando conquistar seus poderes sobrenaturais de volta! Usando-lhe como uma boneca!
_ E como eu vou saber que não é você que está mentindo? _ bradou a garota.
_ Porque se refletir por alguns míseros segundos, notará que tudo que digo faz sentido.
Núbia não queria, mas tinha que concordar com Edgar, tudo, tudo fazia sentido. Cada ação de Cissa justificava todas as palavras de Edgar. Todas as perguntas de Núbia estavam respondidas. Cissa vivia ao lado do inimigo a espera de uma brecha para efetuar sua vingança, então Núbia aparece e revela esta brecha.
Núbia estava totalmente destruída, sem saber no que acreditar. Em desespero levantou-se e saiu em disparada do casarão atrás de respostas.
Edgar não a impediu, achou que faria bem para ela chorar e discutir um pouco. Sem contar que quanto mais pensasse naquilo seria mais fácil tê-la ao seu lado e contra aquele demônio.
_ Qual será meu próximo passo? _ perguntou a si mesmo, então sorriu maldoso com um plano em mente.
Foi até seu quarto, tirou um livro da estante, o que abriu uma parede que levava a seu esconderijo. Edgar caminhou tranquilamente por um corredor de paredes de pedra. Logo chegou a um local com várias celas. Estavam a maioria vazias, a um bom tempo ele parara de colecionar monstros, primeiro porque dava trabalho mantê-los, e segundo, porque quando escapavam davam mais trabalho ainda. Porém, havia uma criatura que Edgar não conseguia se desfazer. Na ultima cela estava ela, com seus cabelos cor de ouro, sua pele perfeitamente bronzeada, e seus olhos verdes e brilhantes, era Lia, Liara Cabrall, ou como era chamada quando Edgar a conheceu, Iara. Esta permanecia encostada a uma parede, com um vestido azul e longo. Diferente da outras celas, a de Lia era limpa, com uma piscina própria arredondada, e um grande espelho do lado contrário as grades.
Edgar sabia o quanto Lia gostava de água, e de si mesma, por isso imaginou que o grande espelho e a piscina a agradaria, mas por algum motivo que ele não conseguia entender (cara de pau) toda vez que ia visita-la ela o ameaçava de todas as formas. Naquele dia não foi diferente.
_ Olá querida _ disse Edgar sínico.
Lia o fitou e seus olhos ficaram amarelos.
_ Ordinário, maldito! _ ela avançou e agarrou as grades da cela. _ Quando eu sair daqui vou acabar com você!
Edgar riu.
_ Desse jeito me fará mudar de ideia.
_ Do que está falando?
_ É para isso que vim aqui. Irei te libertar minha querida ex-esposa, mas com um trato.
Lia franziu os olhos que já haviam voltado a cor verde e linda.

_ Ex-esposa? Qual trato? _ disse confusa, como se não acreditasse no que ouvia.


E aí meu povo, quem será o verdadeiro vilão dessa história? Suas ideias iniciais são as mesmas? Ou algo mudou?
Espero que tenham gostado do post de hoje, beijos, comentem, e até a próxima.