E aí seus lindos.
Perdão pela demora, mas bora terminar esse episódio que o blog A Verdade Alternativa, já está aberto, e logo eu parto pra lá, mas o que eu já postei, ficará por aqui, ok?
Parte 5
Núbia correu em direção a Mula sem cabeça quando esta
ultima empinou para destruir ou quem sabe até pular o muro do cemitério.
_ Não! _ gritou a garota, chamando a atenção da
criatura. _ Você não vai correr atrás daquelas crianças, Ângela, se você está
aí, me ouve, por favor, não faça isso.
A Mula sem cabeça relinchou e balançou sua não
cabeça de chamas (oi?).
Núbia pegou a cruz de madeira que levava consigo e
ficou entre a criatura e o muro, afastando-a com a cruz.
_ Saia daqui, vai! Sai!
A Mula tinha receio de ficar perto da cruz, mas
também queria passar, ia e voltava nervosa.
Núbia sabia que não iria segurar a Mula por muito
tempo daquele jeito, já havia feito aquilo numa igreja, e nem assim a Mula sem
cabeça deixou de segui-la. Ela pegou sua adaga com a outra mão enquanto
prosseguia erguendo a cruz. Com a adaga, usou de toda sua concentração numa lápide
quebrada ao lado e o mármore do túmulo voou diretamente na Mula, a fazendo cair.
Aquilo atrasou a criatura, mas também a deixou mais nervosa. Quando esta mesma
conseguiu se levantar correu em direção a Núbia que pulou para o outro lado,
caindo no chão, mas se levantou rapidamente e voltou a mostrar a cruz para a Mula,
que agora estava pouco se lixando para aquele pedaço de madeira, ela queria era
matar Núbia. A garota jogou a cruz, e tentou atacar a Mula, ela desviou das
chamas da criatura e fez um corte com sua adaga na pata da frente. A Mula
empinou e tentou acertar Núbia que voltou a desviar, porém, quando tentou
correr para se afastar a Mula correu mais rápido e deu com suas duas patas da
frente em Núbia que caiu no chão respectivamente. A Mula quis incendiar Núbia
com sua cabeça, mas algo a fez parar e voltar à atenção para o muro, e para as
crianças do outro lado dele.
Núbia
conseguiu se levantar, mas suas costas doíam de mais.
Mentalmente, ela já havia chamado Cissa desde
começo, uma magia de telepatia que ela aprendera com Curupira, mas até então,
pareceu não funcionar. A Mula sem cabeça começou bater fortemente no muro alto,
para quebra-lo e como tal parecia já bem antigo, ela estava conseguindo.
_ Hey, dona Mula _ irritou Núbia. _ Eu ainda não
morri.
A Mula relinchou provavelmente um palavrão na língua
das Mulas-sem-cabeça, e voltou a correr em direção a Núbia que já se considerava
morta, alguém que se sacrificou por vidas alheias, que lindo... só que não.
Cissa apareceu logo depois montado no alazão. Ele
passou pela Mula e a cortou com um facão, a Mula parou e gemeu de dor. Sangue
começou a escorrer dela.
_ Cissa não a mate! A Ângela! _ Avisou Núbia com as
mãos nas costas, ainda dolorida.
Cissa assentiu, virou e correu novamente na direção
da Mula, a cortando de leve com o facão, o plano dele era afastar a Mula
daquele local, mas mesmo a cortando ela não queria ir atrás dele, só queria
quebrar aquele muro.
Núbia olhou para seu relógio de pulso. Duas da
manhã, faltava muito para o amanhecer.
_ A estaca! Vamos quebrar logo essa maldição! _
disse Núbia a Cissa, que ainda galopava envolta da Mula, deixando-a confusa.
_ E se ela precisar de mais uma noite para se
recuperar? E se ela não comeu cadáveres o suficiente? _ questionou ele. _ Se a Ângela
voltar ainda doente, o Curupira nos mata.
Núbia teve que concordar.
Logo a criatura pareceu já irritada e começou a
avançar em Cissa quando este mesmo chegava perto, ele sorriu, era isso que ele
queria. Logo galopou cemitério adentro e a Mula o seguiu, Núbia queria correr
atrás dos dois, mas nem tinha como. Ela caminhou (ou rastejou, se preferir) dentre
o cemitério a procura de sua égua e rezou para que Cissa conseguisse controlar
a Mula sem cabeça.
Cissa corria, mas a Mula era muito mais rápida, seu
cavalo já parecia cansado o que não era bom sinal. Porém, por sorte, algo
chamou a atenção da Mula, suas chamas aumentaram, e ela parou bruscamente,
caminhou devagar até um túmulo qualquer e o quebrou.
Cissa sorriu e se distanciou, ele desmontou do
cavalo e o deixou descansando, depois foi com cautela até a Mula.
Ela tirava de dentro do túmulo, um cadáver de um
rapaz, estava com cores estranhas, na maior parte com o osso amostra, e vestia
um terno negro, mas não parecia em nada com uma criança, nas inscrições do túmulo mostrava um rapaz de uns 16 ou 15 anos sorridente, e a frase “Descanse
em paz, filho”.
_ Isso que é fome, ela já partiu para adolescentes _
debochou Cissa, é, um momento nada agradável para deboches, mas Cissa ás vezes
era meio frio mesmo.
A iluminação da lua cheia era agradável a Cissa, o
ar frio do cemitério também, era uma noite tão bonita, por que sempre ele tinha
um problema para resolver? Logo lembrou-se de Núbia, queria que tudo aquilo
acabasse de uma vez para poder ficar com sua menina, notou que ela estava
ferida da ultima vez que a viu, esperava que não fosse nada grave.
A Mula logo havia acabado sua refeição, galopou para
um local de mata, provavelmente o mesmo local de que viera, e Cissa correu para
seu cavalo, o montou, desamarrou, e foi atrás da Mula. Ele galopou pela mata,
mas não achou a Mula sem cabeça, ela era rápida de mais, logo ouviu galopes mais a longe,
e foi em direção de tal, porém, ouviu que a criatura fazia o mesmo, os galopes
ficaram mais altos até que o alazão de Cissa empinou, junto à égua logo à
frente.
_ Hey _ disse Núbia controlando seu animal, a égua
se acalmou e a garota suspirou ao fitar Cissa.
_ Você? _ disse Cissa. _ Achei que fosse a Ângela
Sem Cabeça.
_ Eu também _ admitiu ela. _ Bem, mas e agora? Será
que ela já cansou e se alimentou o suficiente?
_ Espero que sim, mas agora que ela está aqui, na
mata, o Curupira pode segui-la. Você está bem?
Núbia sorriu de canto.
_ Levei um coice, mas estou bem _ disse em tom um
tanto sádico, provavelmente fruto de uma frequente convivência com Cissa _. A
noite ainda não acabou, temos que achar Ângela.
Cissa assentiu, mesmo não concordando muito. Ele
queria cuidar de Núbia, via que ela estava ferida, com dor, mas sabia também
que ela não pararia por isso. Ela gostava muito de Ângela, e também de Curupira,
queria e iria ajudar seus amigos, e Cissa teria que fazer o mesmo.
_ A Ângela nos odiará depois disso, né? _ disse Núbia
com expressão vazia enquanto ia lentamente pela mata.
_ Creio que sim, mas depois ela perdoa.
_ Acho que ela fica acordada dentro da Mula, quero
dizer, a criatura poderia ter me matado, eu estava caída logo à frente dela,
mas ela não quis.
Cissa deu de ombros.
_ Quando o Saci... toma conta, eu fico dentro da
cabeça dele, mas não posso controla-lo, tão pouco sei com exatidão o que ele
está fazendo, mas a minha consciência... bem, o mundo é feito da consciência de
cada um, então ela sempre está acordada, mesmo depois da morte, nesses casos
também.
Núbia lembrava-se sobre o poder da consciência, isso
já era estudo científico e tudo, mas os bruxos já sabiam do poder da
consciência muito antes dos cientistas atuais, seja como for, algo só existe se
você acreditar nele, isso não são palavras de fadinha da Disney (também), é real,
ou melhor dizendo, segundo a física quântica, nada é real, somente imaginário,
mas voltando a história:
_ Quando eu acordo, é quase como uma
ressaca _ prosseguiu Cissa _, no início está tudo confuso, depois eu começo a
me lembrar e me arrepender de tudo. Creio que seja isso que também aconteça com
a Ângela.
_ Aham... Deve ser horrível _ concluiu Núbia.
_ E como. Mas não há muitas opções para nós _
lamentou Cissa.
Núbia o olhou sentida e ele tentou sorrir e quebrar a tensão, mas era impossível, cada dia mais Cissa tinha medo do demônio que estava dentro dele, e Núbia também, ele sabia disso. Da mesma forma que a consciência de Cissa ficava no Saci, o Saci, também persistia na cabeça de Cissa e aquilo era muito, muito perigoso.
Núbia o olhou sentida e ele tentou sorrir e quebrar a tensão, mas era impossível, cada dia mais Cissa tinha medo do demônio que estava dentro dele, e Núbia também, ele sabia disso. Da mesma forma que a consciência de Cissa ficava no Saci, o Saci, também persistia na cabeça de Cissa e aquilo era muito, muito perigoso.
E aí, o que acharam? Me empolguei nas citações de metafísica, kkk. Lembrem-se de já dar uma olhada e seguir meu novo (que é antigo, rs) blog. CLIQUE AQUI, o layout novo tá divo e tem uns posts antigos, mas legais lá, logo começo a postar coisas novas.