Olá egípcios reencarnados!
Hoje trago-lhes a segunda parte de Os Escolhidos do Panteão! (dois anos depois...) pra quem não leu ou não lembra, a primeira parte ESTÁ AQUI.
(por que essa imagem? Não sei. Achei bonito, e meu sonho é ir nesse museu, kk)
Hatshepsut e Ramsés foram levados a locais diferentes
do palácio, ainda não parecia o momento de apresentar dois deuses indomáveis.
Benu e Amoep levaram Hatshepsut a um grande salão com
alguns pilares no canto, segurando o teto, tochas para a iluminação, e algumas
cadeiras revestidas a ouro.
Hatshepsut sentou-se em uma das cadeiras que formavam
um circulo juntas; Amoep sentiu medo de parecer desrespeitoso ao sentar-se sem o
comando da Faraó, mas Benu sentou-se com naturalidade, o que já era de se
esperar.
_ Bem senhora Hatshepsut _ começou Benu olhando
diretamente a rainha-faraó _ peço que tenha paciência, pois a história que lhe
contarei é longa.
Hatshepsut analisou Benu e Amoep.
_ O Homem pelas vestis largas e brancas deve ser um sacerdote,
mas você, Benu, me parece muito mais do que uma sacerdotisa.
Benu desviou o olhar.
_ Pelas minhas vestis? _ arriscou.
_ Não, pelo comportamento. Não parece estar tão amedrontada
a minha presença, sente respeito a mim, isso é notável, mas também parece à-vontade
de mais, não como uma conhecida, mas sim, como uma igual.
Benu sorriu de leve.
_ A senhora realmente possui uma sabedoria inigualável.
Sim, sou uma rainha se é isso que está supondo. Sou regente aliás, mas por pouco
tempo, desde a morte de meu marido, devo governar o Egito, mas... não sinto-me
capaz disso, não em tais circunstâncias.
Os olhos de Benu lacrimejaram.
_ Sensível como é, também não lhe acho capaz _ admitiu
Hat. _ Mas é por isso que estou aqui? Vocês me trouxeram de volta para governar NOVAMENTE o Egito? E como fizeram isso?
Hatshepsut não parecia nada contente com a situação.
Benu olhou Amoep com suplica.
_ Grande senhora _ começou Amoep _ Foram os deuses que
planejaram tudo somos somente ferramentas das divindades, estamos fazendo o que
nos foi designado.
Hatshepsut franziu os olhos os fuzilando.
_ Expliquem então, não os interromperei mais _ decidiu
ela.
Do outro lado do palácio, em um gigante corredor de
colunas pintadas, e com um trono real na parede oposta a entrada, Ramsés
analisava tudo com certo desdém.
_ Meu palácio era melhor _ concluiu ele. _ Mas o que
faço aqui? Disseram que me explicariam o que está a ocorrer, mas até agora,
nada.
Um dos sacerdotes, Sinuhe, passou a mão sobre o pingente
de seu colar, o amuleto Ankh.
_ Trouxemos o senhor de volta a vida, como Aset (Isis) fez
com Osíres.
Ramsés só parecia mais confuso e mal humorado.
_ Nos permita explicarmos melhor o que ocorrera,
suplico que nos ouça _ disse o outro sacerdote, Udjer.
Ramsés grunhiu, mas cruzou os braços e ordenou:
_ Sejam rápidos então.
A história contada a ambos foi igual e infelizmente
real:
O Egito estava em seu fim. Tudo começou quando o ultimo faraó de sangue egípcio,
Nectanebo II, desapareceu após uma batalha, e o Egito ficou vulnerável a invasão Persa, a próxima a sucessão do trono, a Rainha Benu, não conseguia vencer as
batalhas, pois mesmo não sendo uma péssima governante, também não era boa o
suficiente. Os sacerdotes da Casa da Vida pediram aos deuses por dias e dias
seguidos uma ajuda, um apoio, até que enfim, uma sacerdotisa de Amon, a principal (chamada de esposa de
Amon) teve um sonho com dois nomes, Maatkare e Ramsés, e logo, algo lhe dizia,
os melhores, o maiores. Depois a sacerdotisa entendeu que seu sonho falava
sobre os dois melhores faraós do Egito, Ramsés só podia ser o segundo, mesmo havendo onze, o
melhor foi O Grande Ramsés II, melhor guerreiro, administrador etc. Mas
Maatkare, ainda não sabia-se quem era, até que um sacerdote de Hórus, um ancião aliás,
falou sobre um faraó, que na verdade era mulher, e que usava um nome falso de
Maatkare, ela era genial, meio... louca, mas inteligentíssima, diziam que ela tinha Toth
(deus da sabedoria) na cabeça, de tão inteligente, era uma governante boa e
valente, mas que sabia ser cruel quando necessária, porém, após sua morte, seu
sobrinho ficou com vergonha (na verdade inveja) de sua antecessora ter sido uma
mulher e ainda melhor faraó que ele, e a apagou da historias, destruiu o nome
de Hatshepsut ou Maatkare de todos os templos e pergaminhos, assim, Hatshepsut
só prosseguiu viva na mente do seu povo grato que a adorava, pois desde então pais
contavam da faraó rainha para seus filhos, e tais a seus descendentes, e assim em diante...
Já sabiam quem eram os faraós, mas como trazê-los de
volta? Outro sacerdote sonhou que quando o Nilo caísse do céus, os acordaria;
é, eles também não entenderam nada, porém, no meio de uma batalha, algo inacreditável
ocorreu, choveu! “Águas do céu!”, é o que o povo egípcio gritava nas ruas ao
verem tal evento raríssimo no deserto que era aquela região.
Então, os sacerdotes e a regente Benu montaram uma
estratégia, e foram atrás dos faraós que retornavam para salvar o Egito.
Tanto Ramsés quanto Hatshepsut estavam pasmos. Ramsés
não sabia exatamente o que pensar, era bom saber que os deuses o achavam o
melhor, mas será que ele merecia novamente guerrear depois de tantos anos de
vida, e outra, sério que ele teria que dividir seu poder com outra pessoa, a
tal Hatshepsut? Ele estava espantado e um tanto ofendido; mas não mais que a própria Hat.
Ela passou umas meia hora xingando e quase quebrando a
sala onde estava, de tanta raiva de seu sobrinho traidor.
_ Esquecida na história? Depois de tudo! Fui apagada do meu próprio templo, no meu próprio império!!!?? _ bradava ela furiosa.
Benu e Amoep acalmaram aos poucos Hatshepsut.
Depois da revolta passar, foi decidido que era hora de
apresentar ambos os Faraós.
Só para constar, o nome Benu é ficticio, pois eu simplesmente não achei o nome da esposa de Nectanebo II (o ultimo faraó), perguntei para uma amiga egiptóloga e ela também não soube responder, então coloquei esse nome que também é egípcio, então vale, ne. kk
Digam o que acharam, as outras partes estão por vir; a melhor é a próxima (treta entre Ramsés e Hat é vida, kk). Até seus lindos, lindas, e lindoutros!