segunda-feira, 18 de julho de 2016

Folclore Oculto 2ºT: A Volta da Mula Sem Cabeça Ultima Parte.

Olá leitores.
Quero avisa-los que fiquei 2 horas procurando um dicionário tupi bom, para poder escrever uma simples frase do Curupira, kk, gente, eu gosto muito do que faço, só pode.



Parte 6

Depois de seguirem alguns rastros de galhos queimados e marcas de ferraduras, eles chegaram novamente à praça de inicio, mas ela estava diferente.
_ Ah droga _ disse Cissa.
Os bancos quebrados, as árvores caídas no meio da praça e toda aquela região vazia, a não ser...
_ Cissa, ali _ disse Núbia apontando para uma pessoa ensanguentada atrás de um banco de concreto da praça.
Cissa e Núbia desceram de seus cavalos e foram correndo em direção à pessoa, que era uma garota de uns 11 anos, morena, deitada de barriga para baixo. Núbia ajoelhou-se do lado dela, colocou o dedo no pescoço, ainda estava viva.
_ Temos que leva-la daqui _ disse Cissa.
Núbia assentiu e virou o corpo da menina.
Ela gemou e tentou abrir os olhos.
_ Oi garotinha _ disse Núbia tentando sorrir e colocar a cabeça dela em seu colo. _ Fala comigo, vai.
A menina voltou gemer, depois murmurou:
_ Ela existe... a Mula-sem-cabeça existe.
Nubia balançou a cabeça.
_ Foi ela quem fez isso com você?
A menina assentiu de leve com a cabeça.
Cissa bateu o pé nervoso e olhou para os lados.
_ Cadê os pais dessa menina?
_ Devem estar a procurando _ concluiu Núbia.
_ Todos correram, mas eu não consegui _ murmurou a menina com cara de choro. Núbia acariciou o cabelo da garota.
_ Calma querida, vamos tirar você daqui.
Antes de Núbia falar algo, Cissa se agachou e pegou com cautela a menina no colo.
_ E aí mocinha _ disse Cissa tentando ser simpático enquanto a levava até o cavalo. _ Qual é seu nome?
_ Mayara _ respondeu ela.
Núbia foi atrás deles e também conversou com a garota, sabia que em tais situações não podia-se deixar de falar com a pessoa, não podia deixa-la apagar, pois tal poderia nunca mais acordar.
_ Mayara é um nome lindo _ disse Núbia.
_ É indigna, muito bonito, porém o significado tupi é estranho _ Disse Cissa.
_ Por quê? _ Perguntou Mayara
_ Significa bisavó, você não tem cara de bisavó.
A garota riu fraca.
_ Não mesmo _ concordou ela.
Núbia sorriu de canto decidiu deixar sua égua ali mesmo na praça. Os três foram no Cavalo. Cissa o controlava, enquanto atrás Núbia segurava a menina. Eles ficaram conversando com a garota o caminho todo, Cissa fez algumas piadas para menina sentir-se melhor.
Mayara contou que foi um cara verde que o salvou, o Curupira, ela mesma disse.
_ Ah, você conhece o Curupira? _ disse Núbia.
_ Quem não conhece? _ disse Mayara.
_ Estamos na Amazônia, menina _ disse Cissa com um sorrisinho _. Ele é discreto, mas ainda sim, já é morador antigo daqui.
_ Nunca o vi, mas sempre soube que ele existia _ disse Mayara. _ Só não entendi por que ele chamou a Mula-sem-cabeça de Ângela.
_ Muito cachimbo da paz _ concluiu Cissa.
Tanto Mayara quanto Núbia riram.
Eles levaram a menina para o hospital, a enfermeira conhecia a garota e dissera que os pais de tais estavam loucos pela cidade procurando a filha, ela perguntou quem eram Cissa e Núbia, e eles desviaram da pergunta dizendo que estavam muito ocupados.
_ Melhoras Mayara _ disse Cissa para a garotinha que estava sentada numa maca esperando o médico.
Mayara sorriu para Núbia e Cissa e acenou com a mão. Os dois saíram em disparada do hospital. No caminho Nubia não resistiu em dizer:
_ Quem diria. Você é bom com crianças.
Cissa levantou uma sobrancelha.
_ Até sou. Eu gostaria de ser pai, se não sentisse tanto medo do que nasceria de...
_ Eu sei _ disse Núbia baixando o olhar, eles já haviam falado sobre aquilo várias vezes, e as conversas nunca eram aprazíveis.
...
Estava amanhecendo, quando eles ouviram os gritos femininos de raiva que ecoavam da mata. Eles correram, já sem seus cavalos que foram deixados pastando em um local qualquer.
_ Você não poderia ter feito isso! Maldito! Monstro! _ dizia Ângela encostada em uma árvore, encolhida e com a roupa rasgada. Ela jogava pedras, galhos, folhas e terra em Curupira que estendia as mãos pedindo para que ela se acalmasse.
_ Foi para seu bem xa po-porã! Você iria morrer se não se transformasse, tinha que se fortalecer!
_ Eu preferia morrer! Morrer! Eu queria ter sido morta! Morrer!
Logo ela fitou Cissa e Núbia a olhando com expressões pasmas, ela havia voltado a ficar jovem, com cabelos lisos e negros, a pele branca, as olheiras menores, os olhos grandes e castanhos escuros. Aliás, ela estava mais jovem até do que antes do encontro com a Cuca, nem parecia tanto uma amaldiçoada, estava até bonita, mas prosseguia... Ângela.
_ Vocês também ajudaram! _ exclamou ela _. Malditos! Vocês também são maus, muito maus! Maus, maus, maus...
_ Para Ângela! _ gritou Curupira e ela o olhou assustada. _ Desculpa... eu não queria que tivesse acontecido tudo aquilo, mas não foi sua culpa, não se sinta mal...
_ Se for sobre aquela garotinha da praça _ disse Cissa _ Ela está bem, ok? Calma Ângela.
Ângela sentou-se, pôs-se a chorar.
_ Ângela, está tudo bem agora _ disse Núbia tirando sua blusa negra e se aproximando de Ângela. Núbia ofereceu a blusa; Ângela se olhou, pegou a blusa rapidamente e vestiu-a.
Curupira também se aproximou e curvou a cabeça tentando vê-la. Ele precisava falar algo, mas não queria que ninguém entendesse, então:
_ xa po-porã... peruda iandê, recê xa mó, iandê porangatu! Potar abaíba _ disse Curupira em tupi.
Ângela o fitou primeiramente um tanto pasma depois com raiva.
_ A Lia me ensinou algumas palavras em tupi, e eu não sou nem xa po-porã e... Acho que o resto eu traduzi errado, espero eu que tenha traduzido errado, por que... não faz sentido, sentido algum!
Curupira por um segundo pareceu assustado e fez uma cara de: I, ferrou. (provavelmente a ultima coisa que ele esperava era que Ângela entendesse o que ele disse), Ainda sim tentou disfarçar.
_ Eh... Sim, sem dúvida você traduziu errado, óbvio.
_ Eu acho que não _ disse Cissa. Curupira o fitou.
_ Cala a boca, Cissa _ disse ele bravo, depois voltou-se para Ângela.
Os dois se fitaram por um bom tempo, uma discussão de olhares, até que ela se levantou, ainda encolhida, mas com expressão decidida.
_ Não quero mais ver ninguém, nem um de vocês. Me deixem, me deixem ir _ disse ela.
_ Mas... _ Curupira ficou sem palavras.
Cissa colocou a mão no ombro de Curupira. Ele suspirou. Ângela fitou todos com um breve Tchau e se foi, caminhando com um pouco de dificuldade.
_ Não posso deixa-la desse jeito _ disse Curupira. _ Mas também não posso segui-la.
_ Eu sei quem pode ajuda-la _ disse Núbia. _ Vai dar tudo certo.
...
Ângela estava agarrada em suas próprias pernas olhando a janela daquela cabana qualquer que ela achou no meio da mata. Já fazia um dia inteiro desde que deixara todos para trás,
 Ela sabia que eles não haviam feito por mal, mas também não havia como perdoa-los.
Aquilo que Curupira falou não fazia sentido, mas ficou na cabeça de Ângela, "peruda iandê" significava amo você, depois ele disse que o que havia feito era por amor, e mesmo que tudo aquilo já fosse estranho o suficiente, o que ele disse no final, "potar abaíba"... Não podia ser verdade. Uma coisa é o apelido Xa po-porã, minha bela ingênua, era algo carinhosos de amigos, mas o restante era quase uma declaração, aquilo era estranho considerando as circunstância, Curupira simplesmente não podia sentir aquilo, Ângela sabia, era impossível...
Logo então ouviu a porta atrás dela se abrir. Ela virou assustada e viu na porta uma mulher lindíssima, com cabelos loiros que caiam em ondas, um corpo perfeito vestindo um longo vestido azul marinho, olhos verdes brilhantes, uma boca carnuda e perfeita com um batom vinho.
_ Olá minha cara amiga _ disse a mulher com um sorrisinho _ Que cabana horrível que você foi arrumar, Ângela! Por Tupã!  Vamos, eu vou leva-la para algum lugar melhor.
Ângela abriu um amplo sorriso.
_ Lia!
Lia ou Iara, somente sorriu de canto. 
Amando esse final <3, só perde para o quarto episódio da primeira temporada com o Edgar falando "A criatura não trabalha para mim criança. A criatura sou eu!". kk. E vocês, o que acharam? Comentem!  Pois bem. postarei o resumo dos proximos eps, pq terminar a série n vai dar, como vocês viram, só esse post demorou quase um ano. kk

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Folclore Oculto 2ºT: A Volta da Mula Sem Cabeça P/5

E aí seus lindos.
Perdão pela demora, mas bora terminar esse episódio que o blog A Verdade Alternativa, já está aberto, e logo eu parto pra lá, mas o que eu já postei, ficará por aqui, ok?


Parte 5


Núbia correu em direção a Mula sem cabeça quando esta ultima empinou para destruir ou quem sabe até pular o muro do cemitério.
_ Não! _ gritou a garota, chamando a atenção da criatura. _ Você não vai correr atrás daquelas crianças, Ângela, se você está aí, me ouve, por favor, não faça isso.
A Mula sem cabeça relinchou e balançou sua não cabeça de chamas (oi?).
Núbia pegou a cruz de madeira que levava consigo e ficou entre a criatura e o muro, afastando-a com a cruz.
_ Saia daqui, vai! Sai!
A Mula tinha receio de ficar perto da cruz, mas também queria passar, ia e voltava nervosa.
Núbia sabia que não iria segurar a Mula por muito tempo daquele jeito, já havia feito aquilo numa igreja, e nem assim a Mula sem cabeça deixou de segui-la. Ela pegou sua adaga com a outra mão enquanto prosseguia erguendo a cruz. Com a adaga, usou de toda sua concentração numa lápide quebrada ao lado e o mármore do túmulo voou diretamente na Mula, a fazendo cair. Aquilo atrasou a criatura, mas também a deixou mais nervosa. Quando esta mesma conseguiu se levantar correu em direção a Núbia que pulou para o outro lado, caindo no chão, mas se levantou rapidamente e voltou a mostrar a cruz para a Mula, que agora estava pouco se lixando para aquele pedaço de madeira, ela queria era matar Núbia. A garota jogou a cruz, e tentou atacar a Mula, ela desviou das chamas da criatura e fez um corte com sua adaga na pata da frente. A Mula empinou e tentou acertar Núbia que voltou a desviar, porém, quando tentou correr para se afastar a Mula correu mais rápido e deu com suas duas patas da frente em Núbia que caiu no chão respectivamente. A Mula quis incendiar Núbia com sua cabeça, mas algo a fez parar e voltar à atenção para o muro, e para as crianças do outro lado dele.
 Núbia conseguiu se levantar, mas suas costas doíam de mais.
Mentalmente, ela já havia chamado Cissa desde começo, uma magia de telepatia que ela aprendera com Curupira, mas até então, pareceu não funcionar. A Mula sem cabeça começou bater fortemente no muro alto, para quebra-lo e como tal parecia já bem antigo, ela estava conseguindo.
_ Hey, dona Mula _ irritou Núbia. _ Eu ainda não morri.
A Mula relinchou provavelmente um palavrão na língua das Mulas-sem-cabeça, e voltou a correr em direção a Núbia que já se considerava morta, alguém que se sacrificou por vidas alheias, que lindo... só que não.
Cissa apareceu logo depois montado no alazão. Ele passou pela Mula e a cortou com um facão, a Mula parou e gemeu de dor. Sangue começou a escorrer dela.
_ Cissa não a mate! A Ângela! _ Avisou Núbia com as mãos nas costas, ainda dolorida.
Cissa assentiu, virou e correu novamente na direção da Mula, a cortando de leve com o facão, o plano dele era afastar a Mula daquele local, mas mesmo a cortando ela não queria ir atrás dele, só queria quebrar aquele muro.
Núbia olhou para seu relógio de pulso. Duas da manhã, faltava muito para o amanhecer.
_ A estaca! Vamos quebrar logo essa maldição! _ disse Núbia a Cissa, que ainda galopava envolta da Mula, deixando-a confusa.
_ E se ela precisar de mais uma noite para se recuperar? E se ela não comeu cadáveres o suficiente? _ questionou ele. _ Se a Ângela voltar ainda doente, o Curupira nos mata.
Núbia teve que concordar.
Logo a criatura pareceu já irritada e começou a avançar em Cissa quando este mesmo chegava perto, ele sorriu, era isso que ele queria. Logo galopou cemitério adentro e a Mula o seguiu, Núbia queria correr atrás dos dois, mas nem tinha como. Ela caminhou (ou rastejou, se preferir) dentre o cemitério a procura de sua égua e rezou para que Cissa conseguisse controlar a Mula sem cabeça.

Cissa corria, mas a Mula era muito mais rápida, seu cavalo já parecia cansado o que não era bom sinal. Porém, por sorte, algo chamou a atenção da Mula, suas chamas aumentaram, e ela parou bruscamente, caminhou devagar até um túmulo qualquer e o quebrou.
Cissa sorriu e se distanciou, ele desmontou do cavalo e o deixou descansando, depois foi com cautela até a Mula.
Ela tirava de dentro do túmulo, um cadáver de um rapaz, estava com cores estranhas, na maior parte com o osso amostra, e vestia um terno negro, mas não parecia em nada com uma criança, nas inscrições do túmulo mostrava um rapaz de uns 16 ou 15 anos sorridente, e a frase “Descanse em paz, filho”.
_ Isso que é fome, ela já partiu para adolescentes _ debochou Cissa, é, um momento nada agradável para deboches, mas Cissa ás vezes era meio frio mesmo.
A iluminação da lua cheia era agradável a Cissa, o ar frio do cemitério também, era uma noite tão bonita, por que sempre ele tinha um problema para resolver? Logo lembrou-se de Núbia, queria que tudo aquilo acabasse de uma vez para poder ficar com sua menina, notou que ela estava ferida da ultima vez que a viu, esperava que não fosse nada grave.
A Mula logo havia acabado sua refeição, galopou para um local de mata, provavelmente o mesmo local de que viera, e Cissa correu para seu cavalo, o montou, desamarrou, e foi atrás da Mula. Ele galopou pela mata, mas não achou a Mula sem cabeça, ela era rápida de mais, logo ouviu galopes mais a longe, e foi em direção de tal, porém, ouviu que a criatura fazia o mesmo, os galopes ficaram mais altos até que o alazão de Cissa empinou, junto à égua logo à frente.
_ Hey _ disse Núbia controlando seu animal, a égua se acalmou e a garota suspirou ao fitar Cissa.
_ Você? _ disse Cissa. _ Achei que fosse a Ângela Sem Cabeça.
_ Eu também _ admitiu ela. _ Bem, mas e agora? Será que ela já cansou e se alimentou o suficiente?
_ Espero que sim, mas agora que ela está aqui, na mata, o Curupira pode segui-la. Você está bem?
Núbia sorriu de canto.
_ Levei um coice, mas estou bem _ disse em tom um tanto sádico, provavelmente fruto de uma frequente convivência com Cissa _. A noite ainda não acabou, temos que achar Ângela.
Cissa assentiu, mesmo não concordando muito. Ele queria cuidar de Núbia, via que ela estava ferida, com dor, mas sabia também que ela não pararia por isso. Ela gostava muito de Ângela, e também de Curupira, queria e iria ajudar seus amigos, e Cissa teria que fazer o mesmo.
_ A Ângela nos odiará depois disso, né? _ disse Núbia com expressão vazia enquanto ia lentamente pela mata.
_ Creio que sim, mas depois ela perdoa.
_ Acho que ela fica acordada dentro da Mula, quero dizer, a criatura poderia ter me matado, eu estava caída logo à frente dela, mas ela não quis.
Cissa deu de ombros.
_ Quando o Saci... toma conta, eu fico dentro da cabeça dele, mas não posso controla-lo, tão pouco sei com exatidão o que ele está fazendo, mas a minha consciência... bem, o mundo é feito da consciência de cada um, então ela sempre está acordada, mesmo depois da morte, nesses casos também.
Núbia lembrava-se sobre o poder da consciência, isso já era estudo científico e tudo, mas os bruxos já sabiam do poder da consciência muito antes dos cientistas atuais, seja como for, algo só existe se você acreditar nele, isso não são palavras de fadinha da Disney (também), é real, ou melhor dizendo, segundo a física quântica, nada é real, somente imaginário, mas voltando a história:
_ Quando eu acordo, é quase como uma ressaca _ prosseguiu Cissa _, no início está tudo confuso, depois eu começo a me lembrar e me arrepender de tudo. Creio que seja isso que também aconteça com a Ângela.
_ Aham... Deve ser horrível _ concluiu Núbia.
_ E como. Mas não há muitas opções para nós _ lamentou Cissa.
Núbia o olhou sentida e ele tentou sorrir e quebrar a tensão, mas era impossível, cada dia mais Cissa tinha medo do demônio que estava dentro dele, e Núbia também, ele sabia disso. Da mesma forma que a consciência de Cissa ficava no Saci, o Saci, também persistia na cabeça de Cissa e aquilo era muito, muito perigoso.

E aí, o que acharam? Me empolguei nas citações de metafísica, kkk.  Lembrem-se de já dar uma olhada e seguir meu novo (que é antigo, rs) blog. CLIQUE AQUI, o layout novo tá divo e tem uns posts antigos, mas legais lá, logo começo a postar coisas novas.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz Natal & @mateusoaresd contest

Oi, tudo bem?

Estou dando uma passadinha rápida só pra desejar boas festas à vocês e dar um breve aviso. 

Eu estou participando de uma espécie de contest com uns artistas do Instagram. 
Cada um de nós criamos um personagem e montamos uma turma de amigos que vão viver altas aventuras (hoje, na sessão da tarde). Brincadeira. 
O contet consiste basicamente nisso, mas quem vai fazer isso são vocês. 
Com fanarts (pra quem sabe desenhar. Até mesmo quem não sabe) ou fanfics (pra quem realmente não sabe desenhar kk ou pra quem se sente mais a vontade escrevendo).
Vamos julgar e escolher um prêmio legal pro vencedor. (Regras em breve. Eu aviso aos interessados daqui com um post).

E em clima de Natal, vamos dar à vocês, uma prévia dos personagens. 
Esse é o meu: o Mozart Henry.

Em breve sai a bio dele.


Kkk ele é bem...sei lá. Soltinho.

Cada um dos personagens simboliza uma coisa do Natal. Se vocês entrarem no meu Instagram (@mateussoaresd), vão poder seguir os outros personagens do contest. Estão muito legais também.

Eu achei interessante falar sobre isso aqui, por ser super a ver com o Crystal Land.
Aguardem novas informações ;)
Até lá. (FELIZ NATAL, GALERE!!!) 


sábado, 12 de dezembro de 2015

Folclore Oculto 2ºT: A Volta da Mula Sem Cabeça P/4


Olá Folclorianos Ocultos.
Já de começo devo avisar que estou pensando seriamente em começar a postar Folclore Oculto em outro blog e sair do CL, vocês prosseguiriam lendo?

 


Parte 4

Depois de uma trilha na mata eles chegaram enfim na praça de uma cidade iluminada, mas não muito grande, com bastantes prédios antigos e algumas ruas ainda feitas de tijolos, não asfalto. Ainda sim havia algumas pessoas perambulando de um lado para o outro, principalmente ali, na praça, onde muitos olharam Cissa e Núbia com estranhamento; não é sempre que dois jovens saem do meio da mata em desespero montados em cavalos.
Os dois tentaram ignorar os olhares e foram cidade adentro, agora de forma mais lenta.
_ Parece que a criatura nem passou por aqui, está tudo muito quieto _ observou Núbia.
_ Sim... Provavelmente ela pegou outro caminho direto para o cemitério _ concluiu Cissa, depois ele riu. _ Não acredito que uma Mula foi mais esperta que a gente.
Núbia concordou e não resistiu em rir também.

Logo eles chegaram ao cemitério cimentado com lápides variadas e notaram alguns túmulos quebrados, no mesmo instante tiveram certeza que aquilo não fora obra de vândalos ou tempo. Foi então que ouviram o relinchar já familiar.
_ Não é legal ficar andando de cavalo pelo cemitério _ disse Núbia descendo de seu cavalo e o amarrando a uma cruz em cima de um túmulo de granito. Ela pegou sua adaga da cintura e uma cruz da outra.
Cissa também pegou um facão e uma estaca de madeira, mas não desceu de seu cavalo.
_ Vou pelos locais mais abertos, você pelos corredores menores, qualquer coisa grita.
_ Digo o mesmo _ disse Núbia. Ela então caminhou em passos largos dentre os túmulos, e Cissa não segurou o sorriso ao ver o quão sua menina de menina não tinha nada, era uma mulher, muito mais corajosa e guerreira do que quando a conheceu.
...
Núbia logo viu a mula sem cabeça batendo com as patas da frente em uma pequena capelinha pintada de rosa, dentro via-se a foto de uma menina pequena, vários brinquedos como enfeites e a lápide cimentada logo abaixo. O túmulo parecia recente e pertencer a uma criança muito amada.
Núbia sentiu seu coração apertar ao pensar que sequer podia impedir a mula sem cabeça de se alimentar daquela criança, ela precisava daquilo para se fortalecer, Ângela precisava daquilo para sobreviver; no entanto como os pais daquela criança ficariam ao saber que o túmulo de sua filha fora violado? E o corpo da finada, desaparecido? Já não bastava perder um filho? Núbia não conseguia nem pensar naquilo, sem dúvida o maior castigo a um ser humano é ver seu filho morrer antes dele.
Logo a mula havia quebrado a porta da capelinha e entrado lá, novamente com patadas destruiu o túmulo e em seguida o caixão lá guardado. O odor podre alcançou Núbia, mesmo esta estando a metros de distancia do local, escondida atrás de uma lápide. A mula colocou sua não cabeça, ou melhor, as chamas acima de seu pescoço dentro do túmulo, e uma questão já de anos de Núbia foi respondida: como a mula sem cabeça se alimenta de cadáveres de criança se ela não tem cabeça? Pois bem. Ela não se alimentava, ela queimava, de certa forma.
A mula começou a colocar a pata da frente lá dentro para tirar o corpo da criança e ficar mais fácil devora-la. Núbia virou a cara, não podia ver aquilo.
Quando ouviu os galopes da mula, voltou a visualiza-la; a mula já ia embora, deixando para trás somente pedaços de um vestidinho branco e rosa bordado e queimado, mas o cadáver já era.
A mula prosseguiu caminhando entre os túmulos, ela ia divagar, e provavelmente sentia quando algo útil estava perto. Suas chamas aumentavam e ela quebrava o túmulo próximo, e realmente nunca errava, o túmulo que quebrava sempre tinha caixões pequenos de crianças... Ás vezes, quando só eram ossos, a Mula ignorava e prosseguia sua busca (um cachorro sem cabeça seria mais fácil de alimentar, ossos serviriam), Núbia tentava não olhar os túmulos, não queria, só seguia a criatura se escondendo. Logo então, a mula sem cabeça parou bruscamente, ela estava de frente ao muro que separava o cemitério da cidade.
_ Por favor, não saia daqui, por favor _ murmurava Núbia _. Não há corpos lá fora, o que você vai querer lá?
Logo Núbia ouviu gritos vindo lá de fora, da rua, não gritos de desespero, eram de graça, de brincadeira, eram gritos de crianças.
Núbia arregalou os olhos ao entender o que a criatura queria:
_ Já que não há corpos de crianças aqui... vai fazer os corpos ela mesma!

Aqueles momentos em que a Núbia só se ferra, não podiam faltar né gente, aliás, não esqueçam de responder minha pergunta feita logo a cima, e só para avisar, após a mudança de layout, o primeiro post do meu blog A Verdade Alternativa será sobre o Triângulo das Bermudas! Muuito bom.
Beijos e até.