Mel #4 Escola nova

                                                        Ois, e aí? 

        Atrasado? Sim. Mas aqui estamos com Mel #4. Espero que gostem ;)

                                                     Mel #4 Escola nova

Depois de toda aquela maluquice, me dirigi para a casa da minha tia. A mesma me esperava na piscina de sua luxuosa mansão, estava usando um maiô super chamativo e um chapéu enorme, esticada um uma daquelas cadeiras que sempre me esqueço o nome. Me sentei ao seu lado e perguntei como ela estava, quando na verdade queria saber como ela conseguiu aquilo tudo, mesmo já sabendo da resposta. Ela fez um joinha e envolveu seus braços atrás da cabeça. Sorri, mas derrepente veio um turbilhão de coisas á minha cabeça.

   Ao ver tia Brenda na espreguiçadeira (isso, espreguiçadeira...bom, eu acho que é) lembrei da minha festa de despedida e de meus amigos, em seguida me lembrei de tudo que perdi na minha antiga cidade, depois veio Peter à minha mente, que fez melhorar as coisas, e depois o pior de tudo, eu tinha aula no dia seguinte. Pulei da cadeira e saí correndo sem saber pra onde, pois nem conhecia a casa, tia Brenda acenou pra mim, mesmo de olhos fechados.

   Entrei na linda mansão, era tão linda quanto o lado de fora, subi em uma escada espaçosa de mármore branco e corrimão dourado, era quase tudo dourado lá, a cara da tia Brenda. Quando cheguei ao fim da escadaria, segui um corredor para a esquerda, quase no fim, havia uma porta cor de rosa com uma plaquinha super meiga onde se lia "Mel", sorri, respirei fundo, torci a maçaneta e entrei. Fiquei de boca aberta outra vez, coloquei a mão nela para estanca-la, em seguida dei um gritinho de felicidade.

   O quarto era a minha cara, era de paredes de um branco distinto, e a maioria das cores laranja e rosa, minha cama era enorme tipo aquelas de princesa com telinha em volta com luzinhas, estava sob uma espécie de palco que se precisava subir dois degraus pra chegar nela. Me sentei no segundo degrau e ri alto dessa vez com as pernas para cima, feito uma maluca.

   Um gelo veio dentro de mim quando me lembrei do meu primeiro dia de aula na nova escola, minha tia havia pensado em tudo, desde uniformes á materiais escolares. Eu sabia que ficaria pensando naquilo o tempo todo, o que me deixaria ainda mais nervosa, então decidi me deitar e tentar processar todo o meu dia maluco e apaixonante e me preparar para o misterioso próximo dia. Dormi.

   Logo de manhã, acordei sozinha, não precisei de despertador, o que é bem estranho. O nervosismo tomou conta de mim totalmente. Me arrumei e desci para tomar café, fui carinhosamente turbilhada de "bom dias" do novo marido de tia Brenda, ele é um fofo. Um cara de meia idade, porém um pouco mais velho que ela, tinha o cabelo grisalho e barba semelhante, estava usando um hobbie vinho e com uma xícara com as iniciais dos dois. Logo veio tia Brenda:

   - Bom dia, querida - Toda sorridente. 

   - Bom dia tia - Sorri e me sentei. A mesa estava repleta de coisas saudáveis e gordices. Adorei aquilo.

   - E então Mel, o que achou da mansão? - Disse Ben, marido de minha tia, bebericando seu café em seguida. 

   - É linda - Arregalei os olhos e olhei ao meu redor. Minha cabeça girou até chegar ao relógio de parede que marcava poucos minutos da minha aula - Meu Deus, estou atrasada - Pulei daquela cadeira confortável onde estava.

   - O motorista vai levar você, já o avisei, ele está lhe esperando - Ela piscou e eu pensei que seria uma boa chegar na minha nova escola de limousine, me despedi, peguei uma maçã e saí correndo, eu usava um vestido curto laranja, um cardigan com um cintinho combinando com meu sapato amarelo, no cabelo uma fita laranja. Entrei na limousine e parti para começar oficialmente minha nova vida.

   Fui o caminho todo admirando a paisagem como sempre, ficando cada vez mais encantada. Vez ou outra via uns alunos indo à mesma direção que eu, o que me dava pequenos gelinhos na barriga, a janela estava aberta e eu pudia vê-los comentando uns com os outros sobre mim, obviamente. Me sentei no meio do espaçoso banco de couro e coloquei minha bolsa no meu colo e abracei, eu transpirava insegurança.

   - Chegamos senhorita - Disse o motorista se virando para mim. Respirei fundo. 

   - Ok, obrigada - Disse, achando estranho ele não vir abrir a porta para mim.

   Abri a porta, coloquei meu pé esquerdo primeiro (já comecei mal) eu não sou supersticiosa, mas quando se tratava do meu primeiro dia, eu estava disposta arrancar o pé de um coelho (mentira, tadinho). Quando coloquei o outro pé no chão, todos me olharam, fiquei pra lá de vermelha de vergonha, coloquei minhas bolsa nos ombros e levantei. A limousine saiu, fiquei alguns segundos parada olhando para todos e todos me olhando, ajeitei meus óculos, passei a mão no meu vestido como se estivesse tirando a poeira e arrisquei meu primeiro passo. Tropecei.

   Era de se esperar de Melanie Bennet não é? Tropecei feio, virei o pé mas me equilibrei, alguns seguraram a risada, me recompus e continuei. A escola era enorme, bem maior que a minha, havia uns 6 andares, muitos prédios, câmpus imensos. Ela era cinza com detalhes verdes e para o meu alívio e alegria era ecológica. Subi as escadarias para saber qual era o meu horário, fui na diretoria e uma moça simpática me deu uns livros, a senha do meu armário e o que eu procurava. 

   Minha primeira aula era de química no terceiro andar com o Sr. Balmer.

   Andei pelos corredores procurando a sala 3J, no caminho garotos jogavam bolinhas de papel nos outros, faziam brincadeiras idiotas, algumas garotas brigavam, outras me encaravam. Vi alguns clubes, dos nerds, da banda, dos alternativos, de futebol, dos cantores e até das grávidas. Já pensando em qual me encaixaria melhor.

   Continuei a minha trajetória até a sala descrita no meu horário, passando em meio à tanta gente que me olhava. Algumas sorriam pra mim, umas faziam cara feia e outras simplesmente me ignoravam. Comecei a andar um pouco mais devagar quando cheguei ao terceiro andar para ver melhor a minha sala. Até que o vi.

   Havia um grupo de garotos com casacos verdes conversando, e ele. Ele se virou como se adivinhasse que estava bem atrás dele. Meus olhos estavam maiores que o normal, brilhando mais que nunca, sorri.

   - Ooi - Disse Peter, com uma cara de surpreso.

   - Ooi - Eu disse totalmente derretida por ele, me recompus no momento em que percebi minha própria cara de boa. 

   Mas caramba, ele era perfeito.  Estava com um suéter verde claro, jeans skinny dobrado na barra e um All Star branco. Um sorriso lá na orelha. Me distraí outra vez. Eu não pensei que o encontraria tão rápido assim, pensei que teria que voltar à MOPAA para vê-lo denovo, mas o destino me ajudou com essa.

   - Valeu destino - Opa, pensei alto demais. 

   - O que? - Ele riu. Porque eu sempre faço essas coisas? Ele devia estar achando que sou uma idiota. Mas uma coisa eu sei, ele mexe comigo. 

   - Nada...hmmm...não sabia que você estudava aqui - Mudei de assunto mais rápido de pude.

   - Sim, desde o início do ensino médio - Ele sorriu, mas não chegou aos seus olhos. Do nada ficou sério e desviou seu olhar para atrás de mim.

   Me virei repentinamente.

   Os alunos que estavam no corredor começaram a abrir passagem, todos se encostavam nos armários pra alguma coisa passar, e vinha se aproximando, se aproximando até que à partir desse momento comecei a ver tudo em câmera lenta.

   Uma garota loira, magra, alta e incrivelmente bonita caminhava com duas garotas ligeiramente menos bonitas que ela. As três estavam com roupas das líderes de torcida, usavam uma blusinha curta com a sigla da escola, uma saia de coz alto revelando um pequena faixa da barriga chapada delas, um tênis branco e um rabo de cavalo alto. 

   Ela olhava para frente, transpirava confiança, enquanto as outras duas faziam gestos com as mãos para as pessoas se afastarem. Ela viu Peter, sorriu maliciosamente, ele a olhou e em seguida abaixou a cabeça meio deslocado. Estava passando ao nosso lado, ela me fuzilou com os olhos verdes e cílios enormes que não me pareciam ser falsos, os estreitou e passou rebolando, sua saia prissada dançava em seu quadril. Senti meu estômago revirar.

   Peter me olhou outra vez e sorriu inseguro.

   Então... - Balancei a cabeça, todo voltou a sua velocidade normal - Você que ajuda com isso? - Peter pegou meu horário e apontou para a sala que estava destinada. 

   - Obrigada - Notei o quão mais musculoso ele ficou com aquele suéter. Suspirei - Eu...

   - Você quer fazer alguma coisa...? - Ele me interrompeu. Uma feliz interrupção. Sorri.

   - Sim, claro - Soou desesperado. Corei e olhei para os meus sapatos.

   - Tudo bem, vamos marcar - Ele sorriu outra vez.

   TRIIIIIIMMMMM. O sinal soou.

   Nos despedimos e eu parti para a minha aula (que foi até legal) mas não conseguia parar de pensar em Peter e no nosso encontro. Será um encontro? Também pensei na garota que nos fitou com sangue nos olhos. Imaginei o quão poderosa ela era naquela escola e se ela tinha alguma coisa com Peter. Fiquei meio enjoada. Mas...

   - Eu vou sair com ele - Sorri.

Kk eeeeh. Bom, tá aí, como eu postei no dia errado da semana e eu to meio ocupado com vestibular e provas, decisões e DECEPÇÕES, vou postar Mel #5 só na quarta feira da outra semana. Ééé vida de formando é difícil. Mas enfim, comentem por favor, pode parecer que não mas comentários ajuda pra caramba (mendigando comentários Mateus? Sim) kk

Mas e aí, gostaram? 

Até