Olá leitores.
Vamos a quarta parte, o início da batalha entre Cissa e Edgar.
Vamos a quarta parte, o início da batalha entre Cissa e Edgar.
4 Ideia suicida
No dia seguinte Núbia banhou-se e tentou
vestir-se o melhor possível, pois aquelas roupas de garota deprimida estavam
deixando-a só mais amargurada. Ao sair no corredor ouviu aquela voz horrenda.
— Criança — chamou Edgar no escritório
do final do corredor. — Venha aqui, por favor.
Ela sabia que se não fosse por bem, iria
por mal então caminhou até o escritório. Edgar apontou para uma das cadeiras da
mesa de vidro lá presente.
— Sente-se.
Núbia sentou e logo Edgar fez o mesmo.
Os dois frente a frente naquela mesa negra.
— Espero que esteja mais calma hoje — disse
Edgar.
— E o senhor? Está menos controlador
hoje? Ou ainda vai decidir tudo por mim?
Edgar expressou um leve sorriso.
— Não sei se me orgulho ou sinto ódio de sua rebeldia — admitiu ele. — Se quiser me odiar, não a impedirei, mas peço que ao menos siga com seus treinos em feitiçaria.
— Não sei se me orgulho ou sinto ódio de sua rebeldia — admitiu ele. — Se quiser me odiar, não a impedirei, mas peço que ao menos siga com seus treinos em feitiçaria.
— Realmente acha seguro ensinar magia a
quem te odeia?
— Como jamais saberá mais do que eu, sim
,acho.
Nesse mesmo instante ouviu-se um
estrondo surdo, e logo uma vibração estranha percorreu o casarão.
— Sentiu isso? — disse Núbia um tanto
assustada.
Edgar franziu os olhos.
— Eu... — ele então arregalou os olhos,
estupefato. — Alguém quebrou minha proteção! — exclamou levantando-se e andando
em passos largos para fora do escritório, Núbia o seguiu; Lia saiu de seu quarto em
expressão confusa.
— O que está acontecendo? — perguntou.
Logo ouviu-se um chamado vindo da
entrada.
— Oh de casa — disse uma voz mais do que
familiar a Núbia.
A garota não conseguiu segurar o sorriso
ao ouvir a voz ironicamente simpática, já Edgar ficou vermelho de Raiva. Todos
apoiaram-se no corrimão e depararam-se com Cissa na entrada mandando um
thauzinho.
Edgar rosnou e desceu as escadas.
— Como entrou aqui? Como quebrou meu
feitiço? — bradava ele.
— Ah, não foi fácil — admitiu Cissa. — Fiquei
quase a noite inteira fazendo uma macumbinha básica lá no quintal. Vocês são
pessoas tão ocupadas que nem notarão as velas, né?
Lia não resistiu em tentar ver algo da
janela.
— Está louco! Saia já da minha casa! — bradou
Edgar
— Tecnicamente ainda nem entrei — disse Cissa
olhando para o chão com o tapetinho da entrada. Ele então fitou Núbia ainda
debruçada no corrimão e sorriu. — Oi Menina! Você sabia que eu viria, não sabia?
Ao menos eu mandei Ângela te avisar.
Realmente Ângela dissera que se Núbia
não fosse até Cissa, ele iria até ela, e Núbia duvidou, nunca mais duvidaria
daquele garoto.
Edgar avançou a Cissa e o encarou.
— O que quer aqui, Saci? Não vê que isso
é suicídio?
— É, quem sabe, mas eu realmente tinha
que falar com você, Edgar, e Ah! Não me chame de Saci, por favor, para todos os
casos meu nome é Cissa. Seja como for. — Cissa pegou um papel do bolso da calça. — Lembra
quando você me obrigou a assinar aquele contrato? Foi logo depois de me tirar o
capuz. No contrato dizia que eu lhe entregaria o capuz em troca da minha perna,
e de ter direito a usar meus poderes uma única vez. O contrato já começou mal,
pois eu não entreguei o capuz, você me roubou, mas sendo que você era mais
poderoso que eu, me obrigou a assinar aquela droga, assim até pareceu um acordo
justo. Olha agradeço muito pela perna...
— E suponho que tenha usado seu poder
para invadir minha casa — interrompeu Edgar.
— Na verdade não, eu já usei há semanas
atrás para salvar sua tataraneta do Boto.
Núbia deixou escapar um gritinho
surpresa, pois enfim entendeu o que ocorrera naquela noite.
— O que usei hoje foi feitiçaria branca
mesmo, relembrei umas coisinhas com ajuda de Curupira, e por algum motivo,
depois de tantos anos a mãe terra voltou a me ajudar — disse Cissa orgulhoso de
si mesmo.
Edgar gargalhou.
— Não acha mesmo que acredito nisso?
Depois de todas as diabruras que fez a mãe terra voltaria a lhe ceder poder?
Impossível. Admita, voltou a fazer magia negra. Além do mais, só o mal iria lhe
querer.
Cissa levantou uma sobrancelha.
— Olha quem fala... Eu nunca mais farei
feitiçaria negra, nunca. A mãe terra me perdoou sim, e por causa dela — disse
ele apontando para Núbia. — Minha menina despertou o melhor de mim. — ele então
encarou Edgar. — e ninguém vai tira-la de mim, muito menos você Edgar Cabrall.
Uma neblina negra surgiu dentre as
paredes da sala, os olhos de Edgar ficaram negros, e seu dentes afiados.
— Saia daqui agora Saci. Não custa nada
lhe matar, na verdade, eu já devia ter feito isso há muitos anos.
— Mas não fez, e agora já era. Se você
me matar sua querida e única herdeira jamais te perdoará, é isso que quer? O
ódio eterno de Núbia.
— Inteligente ele é — murmurou Lia
observando a cena de cima.
Núbia não sabia como agir, Cissa podia
ser inteligente, mas Edgar era mais poderoso, aquilo era suicídio!
Cissa mostrou o papel que tirara do
bolso.
— Esse seria um novo contrato. Um trato
mais justo, o que acha? Diferente de você, não irei obrigar ninguém, nem posso,
podíamos nos perdoar, não acha?
— Não — disse Edgar frio.
Cissa bufou.
— Você é difícil de lidar. — Ele olhou
para Lia. — Como aturou ele por tanto tempo?
— Fui obrigada — respondeu ela
naturalmente.
Edgar a olhou pasmo.
— Como vê Edgar — prosseguiu Cissa — sua
torcida é menor. Se eu fosse você ao menos analisava o contrato.
— Por favor — pediu Núbia.
Edgar considerou e pegou bruscamente o
papel. Logo riu.
— Está de brincadeira?
— Eu praticamente nasci brincando, mas
dessa vez não, é sério. — Cissa deu um passo a frente e fitou Edgar. — Eu sei
quais são seus planos, lhe conheço bem. Mas não se preocupe, eu não vou tirar
sua herdeira, só não acho necessário que você a obrigue a ficar longe de mim. —
Ele fitou Núbia com um olhar um tanto triste —. Se ela própria quiser ficar
longe... tudo bem, mas... se não, você não pode obriga-la a nada.
Núbia enfim saiu do estado de choque e
desceu as escadas até ambos.
— Ele está certo Edgar. Eu... juro que
faço o que você quiser, mas não me prenda aqui, por favor, eu gosto, amo o Cissa,
você não vai poder mudar isso.
Cissa sorriu já Edgar fez cara feia como
se não estivesse ouvindo direito.
— Amar? Núbia, você sequer sabe o que é
isso.
— Quem não sabe é você! — exclamou Lia
do nada. — Eu particularmente acho Núbia e Cissa uns fofos. É claro que ele não
é a pessoa mais confiável do mundo, mas não acho que ele minta sobre os
sentimentos que sente por Núbia.
— Está louca Liara? — disse Edgar. — Depois
de tudo ainda fica do lado do inimigo?
Cissa pegou as mãos de Núbia, e
aproveitou o distraio de Edgar para falar no ouvido da menina.
— Quero que se algo ruim acontecer, lembre-se
sempre que palavras inteligentes são tão fortes quanto palavras mágicas ás vezes — disse ele do nada, então
respirou fundo e enfim falou o que estava em sua garganta há semanas: — Quer
namorar comigo?
Núbia sorriu e queria responder sem dúvida
alguma, porém Edgar voltou-se a eles e separou as mãos.
— Eu não cairei em suas estratégias,
Saci, saia para sempre da minha vida, minha e da de minha herdeira.
Edgar revelou seus dentes de chupa cabra e uma neblina negra cercou Cissa e o empurrou para fora do casarão.
Edgar revelou seus dentes de chupa cabra e uma neblina negra cercou Cissa e o empurrou para fora do casarão.
— Cissa! — gritou Núbia.
Aquilo teria matado qualquer um, mas Cissa
simplesmente se levantou.
— Você não é o primeiro a tentar quebrar
minha costela — lembrou ele. — Na verdade a tentativa é de matar, mas o máximo
que conseguem é me deixar com dor nas costas.
Edgar saiu o casarão e fez a neblina surgir
novamente.
— Não me faça mata-lo aqui mesmo.
— Ah, prefere onde? — disse Cissa
sínico.
Núbia queria matar o humor fora de hora
de Cissa.
coisa mais diva
ResponderExcluirRrss. Q bom q gostou.
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