Bem, já que GuiZ cria cronicas de sua vida, eu farei cronicas ficticías, assim, você, caro leitor, poderá ter toda a diversidade de textos (além do mais, equipe é para isso), e para todo os gostos.
OBS: Nesta historia, o narrador é uma rapaz, então não estranhem. RS
S.J Riber (minha assinatura de escritora)
Lembro-me vagamente do ano de 1997, quando “conheci” uma
moça de olhos claros e cabelos cobre, que toda tarde, caminhava por uma rua de
comercio na qual eu trabalhava.
Moça formosa, jovem, porém distraída, em constantes
devaneios de seus próprios pensamentos. Quem sabe por este motivo, era
interessante observa-la, engraçado, talvez até viciante.
As exatas quatro horas da tarde, a tal senhorita, saia de
sua casa rosada, com vestis recatadas, uma sandália sem muito luxo, e um
sorriso encantador. Em suas caminhadas quase era atropelada, duas ou três
vezes, seus belos olhos se arregalavam sentindo o distante sopro da morte,
porém, felizmente nunca lhe acontecera nada. Ou os motoristas freiam nos últimos
estantes, ou a agilidade da própria jovem a salvava. Depois do susto
costumeiro, ela abria um pequeno sorriso aliviado, e voltava a caminhar sem
rumo, entre alguns tropeços, e cambaleios.
Havia uma parte da caminhada, cujo o encanto da moça era
maior. De um lado da rua, estavam as lojas de roupas e acessórios que a jovem
deslumbrava; seus olhos brilhavam de desejo ao ver as vitrines, entretanto, jamais
a vi entrar em uma das lojas, quem sabe por vergonha ou até mesmo por sua
condição financeira que não a permitiria fazer tais compras, contudo, isso sem
duvidas lhe entristecia e coincidentemente me lastimava. Não, eu não há
conhecia, sequer sabia seu nome, não tinha certeza alguma de meus sentimentos por
esta moça, porém eu, um rapaz benevolente, ou como se diz popularmente, “coração
de manteiga”, deplorava junto aos constantes lamentos da jovem.
Por vezes, enquanto eu estava atrás do balcão do café em que
trabalhava, observei a senhorita passar pela rua, senti calafrios quando por pouco os carros não se chocavam contra
ela, e meus olhos lagrimejarem ao vê-la observar as vitrines
tristemente, porém, nunca tive coragem de falar com esta, primeiro por estar em
horário de trabalho, segundo por grande timidez.
Enfim um dia juntei forças, e decidi perseverante que sairia
mais cedo do trabalho para encontrar a jovem, ou até mesmo caminhar ao seu lado
e segurar sua mão quando um carro passasse. Sendo assim, fiz tudo as pressas, concentrei-me
em meus ofícios para termina-los mais depressa, e minha obsessão foi tanta, que sequer vi a hora passar, sem notar que já era a hora costumeira da moça
caminhar.
O que me tirou o foco foi o tumulto que ocorria na rua a
alguns metros de meu trabalho. Primeiramente ouviu-se a freada de um carro em
alta velocidade, depois muitas vozes se misturaram entre murmúrios pasmos e
surpresos. Sem pensar, deixei para trás todos os meus afazeres e corri para ver
o que tinha ocorrido. Passei dentre uma aglomeração de pessoas que observavam o
possível acidentado, e me espantei ao deparar-me com a bela e atrapalhada moça estirada
no chão. A jovem de sorte, que por varias vezes driblou a morte, desta vez não
fora tão sortuda. Ajoelhei-me ao lado dela, e raparei sua respiração leve,
porém existente.
Poucos minutos depois, a ambulância chegou e a levou para longe, tirando eternamente
de mim, o antigo e concreto prazer de observa-la.
Essa era a cronica de hoje, sou má mesmo, kkk.
Não copiem este texto de forma alguma, é algo de autoria unicamente minha.
Como já disse no Whatts, Adorei Ju, Esse com certeza é o melhor amor platônico urbano que li, e o único! Mas verdadeiramente gostei, tem Aquele Toque de Realidade. By; GuiZ
ResponderExcluirObrigada Gui! É, tentei uma cronica estilo realismo, (tipo machado de Assis, meu ídolo). Q bom que gostou, a sua também ficou perfeita.
ExcluirLindo, amei, vc escreve muito bem
ResponderExcluir*-*!
Oh, obrigada! Sério, fico feliz com tal elogio, e que tenha gostado. Espero realmente que meus próximos textos também lhe agrade.
ExcluirBeijos