Capítulo lll
Nas horas seguintes, após se
retirar do apartamento de Howard Denver, Thomas voltou ao seu, e tratou de, em
uma linha segura do telefone, acertar os detalhes do início do golpe. Denver
avisou que já havia preparado quatro de seus homens para simularem o assalto que
iria acontecer no dia seguinte, e eles já estavam a caminho de Paris. Já era
por volta de onze horas da noite, quando o Sr.Denver avisou à Thomas de que
quatro seguranças haviam sido detidos, tendo suas roupas e pertences tomados.
Agora só estavam no aguardo do helicóptero de fuga, e do restante do
equipamento que seria usado por eles para danificarem o vidro blindado.
- … Muito bem, Sr.Denver, nos vemos amanhã! Tenha
uma boa noite!
No instante em que desligou,
ouviu passos próximos, e em seguida Katherine adentrou ao quarto, jogando sua
bolsa por sobre a cama, e retirando sua blusa de frio.
- Oi, Kate! Como foi com a testemunha?
- Por enquanto tá tudo indo bem! Já conseguimos a
informação necessária, e ele vai permanecer por aqui por um tempo!
- Então vamos embora amanhã a noite?
- Não, aconteceu uma outra coisa…
- Problemas?
- Parece que sim! A polícia de Paris estava
investigando um homem, colecionador de várias obras importantes, caras, e raras.Parece
que ele é suspeito de alguns roubos contra galerias de arte. E nos últimos
dias, eles interceptaram uma de suas ligações, onde ele supostamente conversava
com um mercenário!
- O quê?
Thomas suspeitava que Kate falava
sobre o Sr.Wallis, e nesse momento pareceu ficar tenso.
- Pois é, loucura! A polícia ainda não sabe o quê
eles estão tramando, mas parece que há americanos envolvidos. Por isso, fizeram
um acordo com a polícia americana, e me deixaram encarregada de ajudá-los a
examinar a ligação! Vou só terminar alguns detalhes sobre a proteção da
testemunha, e assim que der irei a delegacia de Paris, começar a ajudá-los!
Isso pode demorar alguns dias!
- E eles já sabem quem é o mercenário?
- Ainda não, mas vão começar a rastrear seu
telefone amanhã, e aí vai ser fácil chegar até ele!
- Entendo…
- Vou ir tomar um banho!
- Certo, já vou me deitar também!
Ela caminhou até sua mala,
onde pegou algumas roupas, e caminhou do extenso quarto para o banheiro, no
cômodo seguinte. Enquanto isso, Thomas rapidamente desligou seu celular, e
tratou de pisoteá-lo várias vezes, por sobre o tapete, assim não fizera barulho
algum. Pegou os restos do aparelho, e o colocou dentro de um saco, abrindo a
sua mala, e
o jogando dentro, trancando-a em seguida.
Na manhã seguinte, Kate
havia acordado bem cedo, cerca de oito da manhã, e ido para a casa da
testemunha. Cerca de quarenta minutos após sua saída, Thomas já estava subindo
ao quarto de Howard Denver, apressado... impaciente. Assim que bateu à porta, o
Sr.Denver à abriu, e ele entrou, demonstrando nervosismo.
- O quê houve, Thomas? Porquê está aqui tão cedo?
- Nós temos problemas, Howard!
- Quais?
- A polícia de Paris já está na cola do
Sr.Wallis, e eles detém a gravação de uma conversa comigo! Por sorte eu já
destruí o celular, mas vai ser uma questão de tempo até a Kate ouvir a
gravação, e saber que eu sou o mercenário!
- Droga, isso não é nada bom! Vamos ter que
apressar as coisas!
- Maldição, eu tô ferrado!
Thomas andava de um lado
para o outro, com uma das mãos sobre a testa.
- Thomas, quem é Kate?
- O quê?
- Você disse que seria só uma questão de tempo
até a … Kate, ouvir a gravação!
- Kate é minha amiga, ela é da polícia, e está
aqui para ouvir uma testemunha, mas agora a polícia de Paris quer a ajuda dela!
- Então não é um problema tão grande, é só
matarmos Kate!
- Não!
- Thomas, é só fazer isso, e nossos problemas
serão muito menores! Vou ligar agora para um dos meus homens, e pedir que ele
faça isso!
Assim que Howard puxou seu
telefone do bolso, teve seu braço segurado por Thomas, que o encarava com uma
feição rude.
- Mande seus homens atrás de Kate, e ela não será
a única morta dessa história!
- Thomas…
- Você me ouviu!
- Tudo bem, vamos fazer do seu jeito!
Ele engoliu o seco, e voltou
o telefone ao bolso.
- Ligue para o Sr.Wallis, de uma linha segura, e
mande-o vir para cá.
- Eu já fiz isso! Ele deve estar a caminho!
- E quanto ao helicóptero de fuga? Os
equipamentos?
- O helicóptero está só aguardando minha ligação
para poder vir. Os homens e os equipamentos já estão a caminho do hotel!
Nesse instante, uma leve
batida se deu à porta do quarto. Thomas à abriu, e então o Sr.Wallis entrou.
Ele estava com um cajado, o usando como apoio para andar.
- Não se preocupem com o cajado, apenas acordei
com algumas dores na perna esquerda! E quanto aos negócios?
- Wallis, meu amigo… vamos ter menos tempo do que
pensamos!
- Como assim, Howard?
- Thomas descobriu que a polícia já está na sua
cola, e sabem que está planejando algo! Mas eles não têm provas concretas,
apenas especulações!
- E como ele descobriu isso?
Howard e Thomas se
entreolharam, e então ele disse;
- O Sr.Rose tem suas fontes, Wallis, mas o quê
importa é que teremos menos tempo!
- E onde estão seus homens?
- A caminho, estão a caminho!
- Ótimo!
Thomas caminhou em direção a
janela, e ali ficou, pensativo, pelos próximos minutos, até que por fim os
agentes da C.I.A chegaram, a mando de Howard.
- Rapazes, esqueçam as apresentações! Estes
homens são o quê precisamos, e isso é tudo que precisam saber!
Disse Howard, apresentando
os quatro homens, que já estavam vestindo roupas de segurança.
- Uma pergunta, como eles vão entrar no Louvre?
Mesmo vestidos de seguranças, são estranhos!
- Exato, é por isso que consegui que os outros
quatro, que estão presos em um galpão, ligassem ao museu… arrumamos algumas
desculpas para afastá-los do trabalho! E também, não foi tão difícil conseguir
o estágio para os senhores; Adolphe, Auguste, Corin e Flavie!
Disse Howard, colando nos
uniformes, crachás, com os respectivos nomes citados por ele.
- Vocês estão cientes do quê devem fazer?
Perguntou Thomas.
- Entrar, atirar para todos os lados,
principalmente no vidro blindado, e fugir!
Disse um dos homens.
- Vai ser fácil!
Completou o outro.
- Ótimo, agora vão, não temos muito tempo!
Assim que partiram rumo ao
museu do Louvre, Howard abriu um notebook por sobre uma mesinha, onde ficaram
Thomas, Wallis e Howard atentos à tela. Dali podiam ver tudo que acontecia ao
redor do museu, por uma câmera de satélite.
- Tecnologia da C.I.A, rapazes!
Disse ele. Abriu mais dois
computadores, um ao lado do outro, e agora tinham a visão das câmeras do
interior do museu, de todas as alas.
- Agora é só esperar pelo show!
Demorou longos minutos até
que Wallis avistou o carro parando, próximo do museu. Os quatro então
caminharam em direção a ele, todos com bolsas.
- Droga, vão ter que passar pelo detector de
metais, e vão descobrir as armas nas bolsas!
- Acalme-se Thomas, espere só até ver… isso!
Ele clicou, e a câmera mudou
para o interior do museu, onde eles se apresentavam como seguranças. Todos
tiveram suas bolsas abertas, depois fechadas, e entregues de volta aos homens,
enquanto iam para a sala de segurança do museu.
- O quê aconteceu?
- Eles desmontaram as armas, e vão remontá-las na
sala de segurança! Junto com as armas, tinham várias ferramentas, pra não
despertar suspeitas!
- Parece um bom plano!
Disse o Sr.Wallis, franzindo
o cenho.
Assim que os homens chegaram
na sala de segurança, eles abriram a porta, e entraram.
No lugar em que
estavam, não tinha câmeras, mas era a sala onde outros seguranças controlavam as câmeras de segurança de todo o museu.
- Espero que saiam de lá armados!
- Não se preocupem!
Eles ficaram sem resposta
alguma por cerca de vinte minutos, e pelas outras câmeras, puderam ver que o
museu já havia sido aberto, e começava a ficar lotado. Até que por fim, saíram
os quatro, ainda com roupas de seguranças, porém com um colete, cada um, todos
usando fuzis de assalto. Se depararam, no entanto, com a multidão que começava a se aglomerar por ali. Um deles agarrou a primeira pessoa que viu, puxando-a
como refém. Logo a correria e gritaria por todos os lados começou, e os quatro
correram, atirando para o teto, afim de chamar atenção.
- Agora sim, precisam fazer isso em menos de
cinco minutos!
Murmurou Howard. Pela
câmera, os três viam os agentes correndo, e atirando em todos os lados. Um dos
tiros acertou um homem, na perna, que caiu, sangrando. Vários vidros blindados
começaram a ser danificados, e até algumas obras sem proteção. Quando por fim
chegaram na seção de antiguidades egípcias, um dos agentes olhou diretamente
para a câmera. Os quatro usavam máscaras de gás, e então, enquanto dois
atiravam em outras obras, o outro mantinha a mulher que havia feito refém, e o
quarto gastava todo o pente, atirando na blindagem da Trindade Egípcia.
- Hora de providenciar a fuga!
Howard pegou o telefone, e
após digitar alguns números, ligou, dizendo apressado logo em seguida;
- Pode ir!
Assim que disse, encerrou a
chamada, porém discou um novo número, ligando em seguida. Pela câmera, puderam
ver um dos agentes puxando um celular das vestes, colocando-o próximo da
orelha.
- O helicóptero está a caminho, vão para um lugar
que ele possa pegar vocês!
O agente não disse palavra
alguma ao telefone, apenas o desligou, e o guardou em sua roupa. Em seguida
viram-no apontando o indicador para a saída daquela seção.
- Droga, a polícia já tá no local!
- Não se preocupe, Wallis, eles tem um refém!
- Ali, o helicóptero chegando!
Apontou Thomas, para uma das
câmeras de fora do Louvre. Em poucos instantes, podia-se ver os quatro saindo
do Louvre, um deles com a arma apontada para a cabeça da refém. Os policiais
hesitaram, baixando as armas, e deixando com que os homens entrassem em um furgão deixado estrategicamente ali, ainda com a refém. Assim que partiram, de dentro do veículo eles atiraram contra os carros dos
policiais, danificando os pneus, e impedindo que fossem perseguidos por eles.
Howard os seguiu pela câmera do satélite por alguns minutos, até que o carro
freou bruscamente sobre a ponte do rio Sena. Digno de cena de filme, o helicóptero se posicionou ao
lado, e assim que ouviram as sirenes dos carros de polícia chegando, saltaram
da ponte para dentro do helicóptero. Após isso, fugiram dali, se distanciando
rapidamente do rio, enquanto os policiais pegavam a mulher que fora feita de
refém.
- Isso!
Gritaram os três.
- Primeira parte concluída com sucesso! Há há!
- Ótimo, agora precisa descobrir qual a empresa
que fornece os vidros blindados ao museu, e aí irei me certificar de me passar
por um deles, enquanto seus homens vão comigo, pra terminarmos isso!
- Ouça, Thomas, você já está se expondo demais!
Deixe que eu cuide de tudo, e te ligo quando tiver tudo pronto! Aí é só você
chegar, ir, e acabar com isso!
- Vocês são os melhores!
Gritou Wallis, eufórico, e
se erguendo do sofá.
- Irei agora para uma reunião de negócios, e logo
depois terminarei a decoração do quarto que estou fazendo para minha mais nova
estátua! Vejo vocês amanhã, quando concluirmos este grande golpe!
- Espero que dê tudo certo!
- Não se preocupe, Tom, vai dar!
Afirmou Howard. Nesse
instante o celular de Thomas tocou. Era Kate. Ele tratou de atendê-la
rapidamente.
- Tom?
- Oi, Kate!
- Onde você está?
- Eu tô perto do hotel, porquê?
-Acabei de receber a notícia de que houve uma
tentativa de assalto ao Louvre, mantenha distância de lá, por favor!
- Não se preocupe, Kate, eu já vou voltar pro
hotel!
- Isso, nos encontramos lá!
Ele desligou o celular em
seguida.
- Acho melhor eu ir também, Howard! Nos vemos depois!
- Matemos contato! Se cuida, Thomas!
Terceiro capítulo... Boa leitura.
Tá ótimo! Está parecendo que o Tom realmente está apaixonado pela Kate kkkkk só falta ele assumir.
ResponderExcluirHahaha, vamos ver! :p
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