quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Folclore Oculto: 4º Episódio P/1

Olá Leitores. Demorei mas voltei e Folclore Oculto também.

O Terror da Iara.


1º Parte


Naquela manhã, Núbia encontrou alguns livros sobre folclore numa estante que havia na sala, nada de mais, nem uma informação realmente importante, os livros que Cissa lhe emprestara no dia anterior eram bem melhores, mais realistas.
E que dia fora aquele! Sem nem um monstro perseguindo-a, ao menos não para matar. Núbia passou a manhã e a tarde inteira com Cissa, e Curupira, amigos nem um pouco comuns, mas adoráveis, sem dúvida. Cissa emprestara livros em troca de beijos, parece que ele achou algo melhor do que comida, contudo, Núbia não sabia dizer se estavam namorando. 
Depois ela ajudou o Curupira a cuidar de um Sagui machucado que encontraram na mata. Já os três juntos, cavalgaram com os cavalos de Edgar enquanto o velho tinha ido à vila Fim do Mundo junto ao capataz, Messias, comprar algo. Já Lia, bem, esta parecia mais tensa que o comum. Ela passou quase o dia inteiro na cozinha conversando com Ângela, que voltou a trabalhar no casarão, mesmo não dependendo das feitiçarias de Edgar para não se transformar em mula-sem-cabeça. Segundo a cozinheira, ela queria permanecer no Sítio pela amizade com Lia, e a gratidão com Núbia.
De tarde Lia e Edgar ficaram no quarto por um longissima tempo o que permitiu com que Núbia ficasse a vontade fazendo o que quisesse
Seja como for. O dia anterior foi até comum e alegre de mais para ser verdade, aquilo não parecia possível naquele sitio surreal, por isso Núbia estava preparando para encontrar qualquer coisa no dia atual. Ela colocou alguns livros numa mochila, mas antes de sair de casa, foi parada por Lia que estava sentada no sofá com uma cara mal humorada e uma olheira forte que sequer combinava com o rosto perfeito que tinha.
_ Dormiu bem? _ perguntou Núbia. _ Parece cansada...
_ Sequer dormi _ admitiu Lia. _ Mas isso não vem ao caso. Núbia, eu vi você ontem com aqueles dois... serzinhos _ disse em desdém.
Núbia arqueou uma sobrancelha.
_ Meus amigos?
Lia riu.
_ Amigos? Núbia, por favor. Eles são monstros!
_ O Curupira é só uma criatura protetora das matas, o não é tão mau. E o Cissa... É um garoto normal! Eu acho.
_ Você acha... Oh Núbia, é impossível que depois de tanto tempo você não tenha notado, que aquele rapazinho de normal não tem nada.
_ Notei, mas isso não me parece um problema mais. O que interessa é que ele é legal e... Sinceramente, me parece que ninguém nesse sítio é normal, nem mesmo você, Lia.
Lia franziu os olhos.
_ Por que diz isso?
Núbia não sabia se devia, mas disse:
_ Aquela vez em que Ângela ficou louca com a metamorfose incompleta e bateu em você. Eu me lembro que ela te machucou muito, mas... depois você simplesmente colocou a mão no rosto e estava curada!
Lia desviou o olhar.
_ Isso não significa nada, Núbia, somente... que eu sou perfeita! _ disse ela com um sorriso de garota propaganda.
Núbia revirou os olhos.
_ Ninguém é perfeito,  meus amigos, principalmente, mas continuam sendo amigos. Agora se me der licença. _ Núbia saiu marchando para fora do casarão, e entrou no bosque a procura de Cissa e Curupira.
Primeiramente encontrou Cissa, que estava agachado de trás de uma pedra observando o lago límpido onde caia a cachoeira do sítio. Ao ver Núbia, Cissa fez sinal para que ela fizesse silêncio e se aproximasse. A garota não entendeu nada de início, mas fez o que lhe foi pedido. Aproximou-se cautelosamente e espiou junto a Cissa o que havia no lago. Eram dois homens de chapeis, o primeiro de palha, o outro de couro e ambos com roupas surradas. Eles andavam nas partes rasas do lago a procura de algo.
_ O que estão procurando? _ cochichou Núbia.
Cissa deu de ombros.
_Não faço ideia, mas estão aqui dês de manhã. O que já está me incomodando.
_ Por quê?
_ Porque gosto de nadar no lago de manhã e hoje eu não pude por que esses dois estranhos estão fuçando na minha cachoeira _ respondeu Cissa furioso.
Núbia revirou os olhos.
_ Na verdade o lago, a cachoeira, e o bosque inteiro, pertencem a Edgar, né _ disse ela.
_ Tanto faz, sou eu que mais os utilizo, então é meu também. Mas... _ Cissa sorriu como se tivesse uma ideia. _ Você é neta de Edgar, então isso também é seu! Você pode expulsa-los daqui!
Núbia negou com a cabeça.
_ Eu não, nem os conheço.
_ Então! Quem esses estranhos pensão que são para invadir o seu sitio? Vai lá, menina, mostra seu poder, bota moral _ brincou ele.
Núbia revirou os olhos. Cissa então a beliscou no braço, o que a fez gritar e se levantar. Logo os dois homens do lago se voltaram a ela com expressões confusas de quem diz: de onde essa menina surgiu?

_ Eh... Oi _ disse Núbia forçando um sorriso.

E aí, gostaram? É claro que o inicio é sempre mais calmo, porém... comentem, pois só assim saberei a opinião do leitor para melhora da série.
Bjs e até a próxima.

2 comentários:

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