quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Bounty Hunter


Capítulo lV


Thomas passou os próximos dois dias sem ter contato algum com Howard ou Wallis, até que por fim recebeu uma ligação do vice-diretor da C.I.A!

- Howard?

- Thomas, hora de trocar a blindagem, meu caro!

Após desligar, ele se dirigiu para o mesmo local de encontro de sempre, o apartamento onde Howard se hospedava. Ele informou que dois de seus homens já haviam ido para o Louvre, e já estavam atuando como seguranças. Howard abriu seu notebook sobre a mesinha, onde começou a monitorar as câmeras de segurança do Louvre. Thomas e mais três homens vestiram os uniformes da empresa, e levaram um dos que trabalhavam com vidros blindados. Thomas suspirou profundamente, antes de murmurar;

- Hora de ficar milionário!

De dentro do carro da empresa de blindagem, os três que estavam com Thomas conversavam entre si, enquanto Thomas permitia-se devanear, com seus pensamentos focados em todo o dinheiro que iria receber depois daquele serviço. Longos minutos depois, finalmente chegaram ao museu, e estranhamente, ele estava fechado. Não havia nenhum visitante sequer. “Provavelmente avisaram que fechariam o museu para a troca da blindagem, nada de mais.” Pensou o mercenário. Desceram confiantes, do furgão da empresa, enquanto seguiam tranquilamente para dentro do museu. Havia diversos políciais ali, mas nem Thomas nem os outros estranharam, afinal, dois dias antes o museu havia sido ferozmente atacado por bandidos…

O único em meio aos mercenários que realmente trabalhava com blindagem, era um homem de aproximadamente quarenta anos. Um grande bigode grisalho por sobre a boca, e algumas gotas de suor escorria por sobre sua têmpora, demonstrando um certo nervosismo. Diante disso, recebeu uma cotovelada de Thomas, como um “Aja naturalmente, ou vai sofrer as consequências.”. Por mais que o homem quisesse gritar ali mesmo para aquele tanto de policiais que os homens que o acompanhava era bandidos, ele sabia que aquilo resultaria na morte de sua família, como fora alertado pelos homens de Howard.

Depois de caminharem o suficiente para começarem a arfar, finalmente chegaram onde queriam; na ala de antiguidades egípcias. Enquanto caminhavam rumo a tríndade egípcia – o alvo -, Thomas notou que os dois homens que os acompanhavam, não eram os homens de Howard. “Mas que raios está acontecendo aqui?” Ele pensou. Sem perder o foco, manteve os sentidos alertas para com aqueles estranhos que os acompanhavam. Ouviu quando um deles, quase silenciosamente, tratou de arrastar sua arma do coldre. Olhando de relance, Thomas verificou que tipo de arma era aquela. Assim como todo bom mercenário, ele tinha conhecimento de quase todo tipo de armas munidas por militares, e aquela era uma delas. “Isso é uma emboscada!”, Pensou ele. Nesse exato momento, um dos seguranças ergueu sua arma, mas antes que pudesse dar voz de prisão, Thomas agarrou o segundo segurança, pegando a arma do mesmo, e colocando-a rente a têmpora do policial. O outro que o tinha na mira, no mesmo instante ergueu as mãos, temendo a morte de seu amigo.

- Mas que raios está acontecendo aqui?

Perguntou um dos homens que estavam com Thomas.

- É uma emboscada! Eles pegaram os homens do seu chefe, e vieram nos pegar em flagrante!

- Filhos da mãe!

Disse o outro homem. Este, talvez o mais furioso deles, avançou contra o policial armado que, instintivamente disparou duas vezes contra o torso do homem, que caiu ao chão, em seguida disparou contra a cabeça do outro mercenário. Thomas reagiu, atirando na cabeça do quê usava como escudo, e depois no outro policial. O chão do Louvre estava agora, manchado pelo sangue de dois policiais, e de dois mercenários.

- Maldição! Maldição!

O único aliado de Thomas que havia sobrado, parecia perder a cabeça agora. Enquanto respiravam fundo, o celular de Thomas tocou. Era Howard.

 - Thomas…

- Howard, seu desgraçado, você nos mandou pra uma armadilha!

- Espere, espere, não fui eu que fiz isso… Eles descobriram tudo, e pegaram o Wallis. Você e meus homens precisam sair daí agora!

- Seus homens? Dois dos idiotas estão mortos. Somente um está vivo.

- O quê?

- Pegaram dois dos mercenários que iriam atuar como seguranças, e mandaram dois policiais para nos pegar desprevinidos. Por sorte, antecipei a ação deles.

- Me ouça, o Louvre está completamente cercado de policiais. Quando você chegou, os policiais não estavam aí para evitar que bandidos entrassem, mas sim pra evitar que você saísse!

- Como raios sairemos daqui?

Nesse momento, Thomas passou a ouvir as sirenes dos carros de polícia. Eles estavam cercados, de fato.

- Ouça, eles estão entrando. Suba três andares, e vá para o banheiro. Mandarei um helicóptero para te pegar. Você tem um minuto pra chegar até lá e saltar no helicóptero. Se ele permanecer mais que isso, pode acabar sendo derrubado…

- Tudo bem, um minuto…

Thomas desligou o celular, e olhou as horas no relógio de pulso.

- Pegue uma arma, e vamos dar o fora!

Instruiu Thomas, ao seu único aliado. O homem apanhou a pistola caída ao chão, e acompanhou Thomas, enquanto seguiam cautelosamente para os andares de cima. Assim que alcançaram o andar superior, já ouviram as vozes vindas de baixo, assim como o som dos coturnos se chocando contra o piso; A polícia já estava ali.

 - Hora de correr. Vamos!

Com menos de quarenta segundos, começaram então a correr disparados escadaria àcima. Quanto chegaram no banheiro indicado por Howard, o helicóptero ainda não havia chegado, e pra piorar as coisas, começaram a cercar o recinto. Thomas e o outro homem estavan de costas para a parede, do lado da porta, enquanto ouviam a polícia parisiense.

- Vocês estão cercados!

Nesse instante, ouviram várias armas serem destravadas. Estariam eles perdidos? Foi quando de repente, Thomas ouviu uma voz que lhe era bastante familiar.

- Nós sabemos que vocês são americanos! Se entreguem e poderei levá-los para a nossa embaixada, caso contrário, serão fuzilados aqui!

- Kate! – Ele murmurou.

- Vocês têm vinte segundos pra saírem, ou vamos atirar!

Thomas engoliu o seco, olhando para seu único aliado ali, em meio aquelas dezenas de policiais, e Kate…

- Vamos nos entregar?

Perguntou o homem. Antes que toma pudesse responder, no entanto, ouvíram, enfim, as hélices de um helicóptero se aproximando. Todos, inclusive os policiais, viram perfeitamente quando aquele gigantesco aeronave planando bem em frente a janela. Viram também quando algo parecido com uma metralhadora ponto 50 começou a girar, emitindo um som característico daquela arma; Tão logo começou a disparar centenas de balas contra aqueles policiais, que tiveram de se jogar para os lados.

- É a nossa deixa!

Disse Thomas. Seu aliado, no mesmo instante em que a arma parou de disparar, correu contra a janela, efetuando um grande salto contra o helicóptero, que estava há menos de dois metros dali. Antes de Thomas correr, no entanto, ele se virou para o lado de fora do banheiro, onde viu a figura de Kate se erguendo do chão. Ele só queria se certificar de que ela não havia sido atingida, e de fato, não havia. Quando sua cabeça se ergueu, ela paralisou. Ambos se encararam naquele momento. Ambos sentindo-se impotente. As mãos de Kate, cujo estavam munidas de uma pistola já destravada fora aos poucos perdendo a força, até ficar rente ao seu corpo.

- Eu sinto muito!

Thomas sussurrou para ela. Em seguida ele se virou, e tratou de correr rumo ao helicóptero. Assim que apoiou os pés na borda da janela, se impulsionando em direção ao helicóptero, Kate percebeu que não podia deixar que Thomas escapasse, não importando o quê sentia por ele. Suas mãos se ergueram novamente, e nesse instante ela disparou, duas vezes. Thomas ainda estava no ar quando sentiu duas balas de 10mm o atingirem. 

Uma um pouco abaixo do ombro, e outra na costela. Suas mãos se retraíram um pouco, devido a dor, e sua altitude fora regredindo. Mas antes que Thomas despencasse lá do alto, teve sua mão segurada por um homem cujo vestia uma mascara. A metralhadora ponto 50 começou a disparar novamente, ganhando tempo para o helicóptero fugir.
Enquanto era puxado para dentro da aeronave, o homem tirou sua máscara, revelando ser Howard.

- Ele está morrendo?

Alguém perguntou. Thomas não conseguia falar, pois havia sangue escorrendo de sua boca. Seus olhos foram aos poucos se fechando, mas sua audição ainda permaneceu ativa por alguns segundos.

- Eu acho que sim! Vamos tentar salvá-lo!


Fora a última coisa que ouviu Howard dizer, antes de perder a consciência.


Esse capítulo está menor do quê os demais, pois se trata do fim da primeira parte da história. 

2 comentários:

  1. Sem duvida, esse foi o capitulo mais cheio de ação!
    Aguardando a continuação.

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    1. Feliz que gostou :) Semana que vem tem mais... a segunda parte da história, com novos personagens..

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