Capítulo lV
Thomas passou os próximos
dois dias sem ter contato algum com Howard ou Wallis, até que por fim recebeu
uma ligação do vice-diretor da C.I.A!
- Howard?
- Thomas, hora de trocar a blindagem, meu caro!
Após desligar, ele se
dirigiu para o mesmo local de encontro de sempre, o apartamento onde Howard se
hospedava. Ele informou que dois de seus homens já haviam ido para o Louvre, e
já estavam atuando como seguranças. Howard abriu seu notebook sobre a mesinha,
onde começou a monitorar as câmeras de segurança do Louvre. Thomas e mais três
homens vestiram os uniformes da empresa, e levaram um dos que trabalhavam com
vidros blindados. Thomas suspirou profundamente, antes de murmurar;
- Hora de ficar milionário!
De dentro do carro da
empresa de blindagem, os três que estavam com Thomas conversavam entre si,
enquanto Thomas permitia-se devanear, com seus pensamentos focados em todo o
dinheiro que iria receber depois daquele serviço. Longos minutos depois,
finalmente chegaram ao museu, e estranhamente, ele estava fechado. Não havia
nenhum visitante sequer. “Provavelmente
avisaram que fechariam o museu para a troca da blindagem, nada de mais.” Pensou
o mercenário. Desceram confiantes, do furgão da empresa, enquanto seguiam
tranquilamente para dentro do museu. Havia diversos políciais ali, mas nem
Thomas nem os outros estranharam, afinal, dois dias antes o museu havia sido
ferozmente atacado por bandidos…
O único em meio aos
mercenários que realmente trabalhava com blindagem, era um homem de
aproximadamente quarenta anos. Um grande bigode grisalho por sobre a boca, e
algumas gotas de suor escorria por sobre sua têmpora, demonstrando um certo
nervosismo. Diante disso, recebeu uma cotovelada de Thomas, como um “Aja
naturalmente, ou vai sofrer as consequências.”. Por mais que o homem quisesse
gritar ali mesmo para aquele tanto de policiais que os homens que o acompanhava
era bandidos, ele sabia que aquilo resultaria na morte de sua família, como
fora alertado pelos homens de Howard.
Depois de caminharem o
suficiente para começarem a arfar, finalmente chegaram onde queriam; na ala de
antiguidades egípcias. Enquanto caminhavam rumo a tríndade egípcia – o alvo -,
Thomas notou que os dois homens que os acompanhavam, não eram os homens de
Howard. “Mas que raios está acontecendo
aqui?” Ele pensou. Sem perder o foco, manteve os sentidos alertas para com
aqueles estranhos que os acompanhavam. Ouviu quando um deles, quase silenciosamente,
tratou de arrastar sua arma do coldre. Olhando de relance, Thomas verificou que
tipo de arma era aquela. Assim como todo bom mercenário, ele tinha conhecimento
de quase todo tipo de armas munidas por militares, e aquela era uma delas. “Isso é uma emboscada!”, Pensou ele.
Nesse exato momento, um dos seguranças ergueu sua arma, mas antes que pudesse
dar voz de prisão, Thomas agarrou o segundo segurança, pegando a arma do mesmo,
e colocando-a rente a têmpora do policial. O outro que o tinha na mira, no
mesmo instante ergueu as mãos, temendo a morte de seu amigo.
- Mas que raios está acontecendo aqui?
Perguntou um dos homens que
estavam com Thomas.
- É uma emboscada! Eles pegaram os homens do seu
chefe, e vieram nos pegar em flagrante!
- Filhos da mãe!
Disse o outro homem. Este,
talvez o mais furioso deles, avançou contra o policial armado que,
instintivamente disparou duas vezes contra o torso do homem, que caiu ao chão,
em seguida disparou contra a cabeça do outro mercenário. Thomas reagiu,
atirando na cabeça do quê usava como escudo, e depois no outro policial. O chão
do Louvre estava agora, manchado pelo sangue de dois policiais, e de dois
mercenários.
- Maldição! Maldição!
O único aliado de Thomas que
havia sobrado, parecia perder a cabeça agora. Enquanto respiravam fundo, o
celular de Thomas tocou. Era Howard.
- Thomas…
- Howard, seu desgraçado, você nos mandou pra uma
armadilha!
- Espere, espere, não fui eu que fiz isso… Eles
descobriram tudo, e pegaram o Wallis. Você e meus homens precisam sair daí
agora!
- Seus homens? Dois dos idiotas estão mortos.
Somente um está vivo.
- O quê?
- Pegaram dois dos mercenários que iriam atuar
como seguranças, e mandaram dois policiais para nos pegar desprevinidos. Por
sorte, antecipei a ação deles.
- Me ouça, o Louvre está completamente cercado de
policiais. Quando você chegou, os policiais não estavam aí para evitar que
bandidos entrassem, mas sim pra evitar que você saísse!
- Como raios sairemos daqui?
Nesse momento, Thomas passou
a ouvir as sirenes dos carros de polícia. Eles estavam cercados, de fato.
- Ouça, eles estão entrando. Suba três andares, e
vá para o banheiro. Mandarei um helicóptero para te pegar. Você tem um minuto
pra chegar até lá e saltar no helicóptero. Se ele permanecer mais que isso,
pode acabar sendo derrubado…
- Tudo bem, um minuto…
Thomas desligou o celular, e
olhou as horas no relógio de pulso.
- Pegue uma arma, e vamos dar o fora!
Instruiu Thomas, ao seu
único aliado. O homem apanhou a pistola caída ao chão, e acompanhou Thomas,
enquanto seguiam cautelosamente para os andares de cima. Assim que alcançaram o
andar superior, já ouviram as vozes vindas de baixo, assim como o som dos
coturnos se chocando contra o piso; A polícia já estava ali.
- Hora de
correr. Vamos!
Com menos de quarenta
segundos, começaram então a correr disparados escadaria àcima. Quanto chegaram
no banheiro indicado por Howard, o helicóptero ainda não havia chegado, e pra
piorar as coisas, começaram a cercar o recinto. Thomas e o outro homem estavan
de costas para a parede, do lado da porta, enquanto ouviam a polícia
parisiense.
- Vocês estão cercados!
Nesse instante, ouviram
várias armas serem destravadas. Estariam eles perdidos? Foi quando de repente,
Thomas ouviu uma voz que lhe era bastante familiar.
- Nós sabemos que vocês são americanos! Se
entreguem e poderei levá-los para a nossa embaixada, caso contrário, serão
fuzilados aqui!
- Kate!
– Ele murmurou.
- Vocês têm vinte segundos pra saírem, ou vamos atirar!
Thomas engoliu o seco,
olhando para seu único aliado ali, em meio aquelas dezenas de policiais, e Kate…
- Vamos nos entregar?
Perguntou o homem. Antes que
toma pudesse responder, no entanto, ouvíram, enfim, as hélices de um helicóptero
se aproximando. Todos, inclusive os policiais, viram perfeitamente quando aquele
gigantesco aeronave planando bem em frente a janela. Viram também quando algo
parecido com uma metralhadora ponto 50 começou a girar, emitindo um som
característico daquela arma; Tão logo começou a disparar centenas de balas
contra aqueles policiais, que tiveram de se jogar para os lados.
- É a nossa deixa!
Disse Thomas. Seu aliado, no
mesmo instante em que a arma parou de disparar, correu contra a janela,
efetuando um grande salto contra o helicóptero, que estava há menos de dois
metros dali. Antes de Thomas correr, no entanto, ele se virou para o lado de
fora do banheiro, onde viu a figura de Kate se erguendo do chão. Ele só queria
se certificar de que ela não havia sido atingida, e de fato, não havia. Quando
sua cabeça se ergueu, ela paralisou. Ambos se encararam naquele momento. Ambos
sentindo-se impotente. As mãos de Kate, cujo estavam munidas de uma pistola já
destravada fora aos poucos perdendo a força, até ficar rente ao seu corpo.
- Eu sinto muito!
Thomas sussurrou para ela.
Em seguida ele se virou, e tratou de correr rumo ao helicóptero. Assim que
apoiou os pés na borda da janela, se impulsionando em direção ao helicóptero,
Kate percebeu que não podia deixar que Thomas escapasse, não importando o quê
sentia por ele. Suas mãos se ergueram novamente, e nesse instante ela disparou,
duas vezes. Thomas ainda estava no ar quando sentiu duas balas de 10mm o
atingirem.
Uma um pouco abaixo do ombro, e outra na costela. Suas mãos se
retraíram um pouco, devido a dor, e sua altitude fora regredindo. Mas antes que
Thomas despencasse lá do alto, teve sua mão segurada por um homem cujo vestia
uma mascara. A metralhadora ponto 50 começou a disparar novamente, ganhando
tempo para o helicóptero fugir.
Enquanto era puxado para
dentro da aeronave, o homem tirou sua máscara, revelando ser Howard.
- Ele está morrendo?
Alguém perguntou. Thomas não
conseguia falar, pois havia sangue escorrendo de sua boca. Seus olhos foram aos
poucos se fechando, mas sua audição ainda permaneceu ativa por alguns segundos.
- Eu acho que sim! Vamos tentar salvá-lo!
Fora a última coisa que
ouviu Howard dizer, antes de perder a consciência.
Esse capítulo está menor do quê os demais, pois se trata do fim da primeira parte da história.
Sem duvida, esse foi o capitulo mais cheio de ação!
ResponderExcluirAguardando a continuação.
Feliz que gostou :) Semana que vem tem mais... a segunda parte da história, com novos personagens..
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