domingo, 29 de novembro de 2015

Folclore Oculto 2ºT: A Volta da Mula Sem Cabeça P/3


Olá meus caros.


Parte 3

Faltava pouco para o entardecer.
_ Quinta feira _ disse Curupira olhando o céu.
Cissa ao lado do amigo, realmente não sabia o que dizer. conseguia entender o lado dele, e também o de Ângela, e no fim, não entendia nada, nem dava razão a ninguém, somente, sentia por ambos.
_ Algum dia ela vai entender que o que você fez é para o bem dela. Agora vamos, temos que providenciar os cuidados, ela irá se transformar logo.
...
Ângela despertou ainda deitada na rede daquele cômodo na oca de Curupira. Mas havia algo estranho. Estava muito calor, não que aquilo já não fosse comum, além do mais ela estava na Amazônia, mas sua pele realmente queimava, ela sentiu falta de ar, mas ao mesmo tempo uma energia incrível correr dentro de si. Ela Olhou para o lado e não viu ninguém, ficou em desespero quando começou a se lembrar dos sintomas que sentia naquele momento.
_ Núbia! _ Chamou ela. Tentou sair da rede e quase caiu, ficou curvada sentindo uma forte pontada no coração, sua pele queimava sem parar.
_ Curupira! Núbia! Alguém _ bradou ela. _ Por favor!
Ninguém apareceu. Uma lágrima rolou pelo rosto de Ângela ao ouvir dentro de sua mente aquele relinchar horrendo, a maldição estava voltando...
Fora da oca, Cissa, Núbia, Curupira e Caipora _ que só estava lá para ver o circo pegar fogo, mas não estava nem um pouco disposta a participar do plano _ ouviam os berros de Ângela sem poder fazer nada.
Curupira sentiu o desespero tomar conta de si, ele não suportava mais fingir que nada estava acontecendo e começou a entrar em sua casa, mas Cissa se colocou na frente dele.
_ Curupira, não! Temos que deixar Ângela se transformar sozinha, depois iremos atrás dela e...
Curupira o ignorou e entrou na casa, quando chegou ao quarto de Ângela ela estava literalmente em chamas, Curupira arregalou os olhos, que entraram em contato com os dela, e naqueles segundos de troca de olhares Curupira notou que ela havia compreendido o que estava ocorrendo, e mandado uma simples mensagem: Você me traiu.
Logo as chamas ficaram mais fortes e quando cessaram, não havia mais Ângela alguma, somente uma criatura. Uma mula de pelagem marrom escura com chamas no lugar da cabeça e casco vermelho como sangue.
Curupira quase sentiu uma lágrima ao ver aquilo, mas nunca havia chorado em séculos, aquela não podia ser sua primeira vez, aquilo era necessária.
Ele correu em velocidade sobrenatural quando a Mula Sem Cabeça empinou, e foi até os outros.
_ Ela se transformou _ disse simplesmente.
Logo a mula sem cabeça saiu em disparada da oca e sumiu dentre a mata.
Os três a seguiram cada um da sua maneira. E Caipora só riu e foi pescar, sério, ela realmente foi pescar. (oxi)
Cissa e Núbia haviam levado dois cavalos para a viagem e tinham os deixado ali perto, na mata. Cissa montou em um alazão marrom e Núbia numa égua negra.
Os dois galoparam dentre a mata atrás da Mula sem Cabeça
  ...
Núbia e Cissa já haviam saído da mata, estavam em um pequeno vilarejo ribeirinho, estavam todos dormindo provavelmente, as casas de madeira na beira do rio Amazônia estavam em silêncio absoluto.
_ Creio que a Ângela sem cabeça não esteve por aqui _ disse Cissa, observando a vila ainda em cima de seu cavalo.
Núbia assentiu.
_ O Curupira sumiu. Foi correndo na frente... Será que conseguiu seguir a criatura?
_ Provavelmente, mas... Só para conferir _ Cissa andou uma piscadinha para Núbia e desceu de seu cavalo.
Ele caminhou sobre as precárias pontes e pisos de madeiras que juntavam uma casa a outra, tudo parecia calmo.
_ Deve haver algum cemitério por aqui, certo? _ disse Núbia a Cissa.
Cissa virou, fitando Núbia e assentiu.
_ Sim, na maioria das vezes, o cemitério é no meio da mata, perto das cidades não há como, por causa das cheias do rio.
Núbia sorriu de canto.
_ Ok, enciclopédia. Então vamos procurar o cemitério dessa vila, provavelmente é lá que a criatura estará.
Cissa riu.
_ Ok general. Vamos
Ele montou novamente em seu cavalo e assim se foram dentre a mata.
Logo ouviram o relinchar grave da criatura, foram em direção ao som e logo viram um uma área aberta no meio da mata, com cruzes cobertas por cipós e grande parte quebrado, alguns túmulos pareciam ter sido desenterrados, haviam folhas verdes caídas em todo canto, mas nada além de rastros.
_ Eles estiveram aqui _ disse Núbia passando entre os túmulos.
_ E agora onde estariam?
Núbia deu de ombros, em um dos buracos na terra, Núbia viu ossadas pequenas, provavelmente de uma criança.
_ Só há ossadas, não há corpos conservados para a Mula Sem Cabeça comer, acho que por isso ela foi embora. Qual outro cemitério ela poderia ir?
Cissa pensou por alguns segundos depois arregalou os olhos.
_ Uma cidade... Aquela que aterrissamos, tem um cemitério lá.
_ Ah, droga, aquela é uma cidade mesmo, movimentada, não uma vila qualquer, se a criatura for para lá estamos ferrados! _ concluiu Núbia.
_ E pior, por ser uma cidade, Curupira não vai mais poder seguir a criatura _ lembrou Cissa, ele então ficou em postura de montar e fez sinal para Núbia acompanha-lo _ vamos, agora somos os únicos que podemos tentar controlar Ângela. _ Ele suspirou _ por que sempre nós?
Núbia deu de ombro. Os dois voltaram galopar pela mata e logo ouvirão o relinchar grave novamente, e dessa vez, conseguiram alcançar tal som. Logo se depararam com a mula tentando passar por uma barreira de vendo folha e galho que Curupira controlava logo à frente. A Mula sem cabeça empinava, mas quando tentava avançar o paredão mágico de Curupira a jogava para trás.
_ Curupira! _ gritou Cissa.
_ Até que em fim chegaram _ disse ele irritado. _ Ela quer ir à cidade, não posso segui-la até lá, mas é o único local onde ela vai achar o que precisa.
_ Mas deve haver varias pessoas perambulando pelas ruas nesse momento _ disse Núbia.
_ É por causa disso que vocês estão aqui, oras _ disse Curupira, fazendo um gesto expansivo com a mão e cessando o paredão, a mula tentou avançar em direção dele, mas este mesmo correu para longe dela em sua velocidade sobrenatural, assim a mula sem cabeça simplesmente o ignorou e correu em direção à cidade. Núbia e Cissa estavam um tanto perplexos, mas Curupira os acordou.
_ Vão logo idiotas, antes que ela faça algo errado.
 Núbia revirou os olhos, e Cissa bufou, mas ambos correram em seus cavalos atrás da Criatura.

Não sei você, eu senti muita pena da Ângela, sério, chorei. Ah, logo farei posts sobre edições de imagem, o primeiro post é pop art em fotografias.
Comentem! Sério, não dói sabia?, kk Beijos.



2 comentários:

  1. Oie! Perdi o anterior (chorando no canto).........MAAAAAAASS.....Tenho uma explicação! EEEh! Estava um pouquinho ocupada.....Comendo, dormindo, desenhando, assistindo anime, enfim, não tenho explicação nada, é desculpinha boba, hhehehehe.
    Eu fiquei com vontade de chorar em vários momentos, fiquei triste por causa da Ângi, ela não merecia isso.......que maldade Julia.......Buahahahah(fazendo manha).
    Sabe o que eu mais gostei nesse capítulo? Hãhã, "foi pescar" hahahahahahahahhahaahah.
    Até o próximo!! Beijinhus.

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    1. De boas, kkk
      Está de férias né? Gente de férias faz isso mesmo, come, dormi etc o dia inteiro
      Sim, cara, eu também fico triste, mas faço assim mesmo.
      kkk, a parte do foi pescar eu coloquei no ultimo instante, por que simplesmente, a Caipora sumiu da história do nada, dai eu pensei "tenho que dar alguma desculpa, algum afazer para ela" daí veio isso. Sou retardada.
      Até!

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