quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Crônica de Natal: Caça ao Presente.

Olá leitores. Trago-lhes uma Crônica que conta uma historia natalina bem interessante.

Ainda me lembro daquele episódio no mínimo mordaz, em que Leo, um garoto de família humilde, resolveu caçar o Papai Noel. Ridículo? Quem sabe, mas o menino tinha seus motivos. Aos 9 anos de idade, nunca ganhara um presente de verdade, eram coisas simples, isso quando recebia algum. Seus pais eram pobres de mais para presentear o filho como ele queria, mas não era assim que este entendia a situação. Ele se lembrava do que os outros diziam sobre um tal velhinho, fornido, e barba branca, que saia voando em um trenó magico, puxado por renas, entregando presentes a todas as crianças boazinhas. Ele era bonzinho, por que não ganhava presentes também? Por que aquele velho gordo não me dá presentes? Pensava ele. Pois naquele ano, 1989, Leo decidiu, que ganharia sim, algo de natal, nem que tirasse isso a força do pobre velhinho.
Lembrou-se do tio Ted, que tinha uma mau pratica de caçar, algo que Leo sempre achou vil, porém agora lhe parecia oportuno. Naquela noite, Leo entrou a morada do tio, cuja casa era próximo a dele, e pegou algumas armadilhas de urso, somente três, as levando para casa. De noite, quando todos já tinham ido se deitar, Leo Colocou as armadilhas em baixo das janelas quebradas, por onde era obvio que o Papai Noel entraria, isso se o velho viesse, o que era provável em partes. Sim, ele veio algumas vezes, mas lhe trouxera coisas tão pobres, nada que Leo quisesse.
Leo ficou a espreita atrás do sofá rasgado da sala. E esperou, esperou, esperou... Seus olhos pesaram, seu corpo ficou mole e o garoto se entregou ao sono.
Acordou em um susto, um barulho alto, um TREC. Ele espiou por cima do sofá. A casa estava escura, mas a luz da rua iluminava a silhueta presa a uma das armadilhas, a pessoa tentava se libertar, mas aquilo só o feria mais. O homem _ pela voz grossa _ berrava de dor pelas pontas afiadas da armadilha que perfuravam sua perna.
Leo ficou sem reação, não sabia se confrontava o provável Papai Noel, ou se chamava os pais, esta ultima opção sequer fora necessária, pois os gritos do homem preso chamaram a atenção dos pais de Leo, que desceram as escadas as pressas ver do que se tratava. A única luz da casa foi acesa e mostrou com clareza o rosto do homem que não se parecia em nada com o bom velhinho. Era barbudo sim, mas uma barba crespa e negra, os cabelos eram desgrenhados e as roupas eram familiares, um simples macacão listrado.
Os acontecimentos seguintes são conhecidos até hoje pelos moradores aqui da cidade, além do mais, foi publicado no jornal da época. Também me lembro do anunciado “menino captura ladrão, fugitivo da policia, com armadilhas de urso e é considerado herói pela grata população”. É, naquele ano Leo conseguiu o que desejava, a população da cidade lhe deu muitos e muitos presentes, gratos pelo fato heróico do menino de apenas nove anos, que teve a coragem de capturar um bandido no meio da noite com armadilhas de caça! O que poucos sabem, é que esse fato heróico começou com uma simples e má ideia de caçar o Papai Noel e obriga-lo a dar bons presentes.


Espero que tenham gostado, fiz rapidinho para não deixar essa data passar em branco (e por que o Mateus me encheu o sa.., kk), BJS e comentem o que acharam ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

No Crystal Land, os comentários são permitidos a qualquer um, não é necessário senha sequer outro meio que dificulte a publicação de um comentário aqui, é somente escrever, mandar, e esperar que os autores publiquem o comentário e responda; resumindo: o trabalho fica todo conosco, mas a opinião é de vocês. ;)
Leitor, comente o que achou sobre o texto! É importante ao autor e a melhoria do blog.