Olá Leitores. Essa semana leremos o segundo episódio da série, mais comprido, porém, bem, bem mais legal. Vamos?
A Maldição de Ângela.
(efeito legal do olho, aprendi ontem, RS)
Parte1
Núbia ia a cozinha procurar algo de comer para
levar a Cissa, pois assim fora o trato que fizera. Porém, o que encontrou foi
Lia e Ângela dialogando em tom baixo e tenso. Núbia então resolveu ficar na
porta escutando o que diziam, e se arrependeu amargamente.
_ Mal estares é pouco! _ dizia Lia. _ Aquele velho
maldito não morre de forma alguma! Ou ele realmente é muito forte, ou você não
fez o que mandei, Ângela.
_ Fiz sim senhora _ dizia Ângela amedrontada. _ Coloquei
a porção exata do veneno na comida dele. Eu juro. Três tipos de venenos
diferentes, na comida e na bebia. Do jeito que mandou.
_ Pois não deu certo! _ exclamou Lia nervosa. _
Qualquer um morreria dolorosamente com aquele veneno. Era morte na certa! E
Edgar só sentiu um mal estar? Que raiva!
_ Mas é um avanço Lia! _
disse Ângela tentando animar a patroa. _ Os venenos anteriores sequer faziam
efeito! Devemos tentar novamente.
_ Sim, devemos _ concordou Lia.
Núbia estava aterrorizada, deu alguns passos para
trás e sem querer derrubou alguns objetos de prata que havia em cima de uma mesa.
_ Quem está aí? _ disse Lia ríspida enquanto
avançava a porta.
Era tarde de mais para fugir. Lia se deparou com Núbia
atrás da porta e agarrou-a pela jaqueta jeans que usava.
_ O que
ouviu? _ perguntou Lia ameaçadora.
_ Eh... Nada.
Ângela apareceu logo depois.
_ O que acha que devemos fazer com a menina, senhora?
_ disse a cozinheira.
_ Nada _ disse Lia, o que surpreendeu Núbia.
A mulher largou a menina e suspirou.
_ Núbia _ disse Lia tentando ser carinhosa. _ Seja
lá o que você tenha escutado, saiba... que não fazemos por mal, não temos
escolha! Entende? Por favor, fique calada, esqueça o que ouviu aqui. Você é só
uma criança, não quero lhe fazer mal, mas se tentar nos trair, eu não terei
outra escolha.
Núbia assentiu tentando não demostrar medo.
_ Eu... não tenho laço algum com Edgar _ disse a
menina, _ não tem porque me preocupar com ele, ou dedurar vocês, mas... eu só
quero intender o motivo de tanta raiva.
Lia e Ângela trocaram olhares, como se decidissem
se deviam ou não falar, e por fim, a decisão foi obvia.
_ Você perceberá com o tempo _ disse Lia. _ Agora
suba para seu quarto, e fique lá até Ângela lhe chamar para o almoço.
Núbia não teve outra opção a não ser assentir e
obedecer.
No almoço, o silencio permaneceu. Edgar continuou
em seu quarto pelo mal estar. Lia e Núbia almoçaram sozinhas e caladas.
Logo depois que Lia subiu para o quarto, Núbia
pediu a Ângela que lhe deixasse fazer alguns lanches com o que sobrara da carne
do almoço, e a cozinheira medonha deu de ombros, o que para Núbia valia como um
sim.
Ela fez três lanches e saiu à procura de Cissa. Imaginou
que ele estaria na Baia, então foi até lá procura-lo. Dessa vez os dois portões
estavam abertos, mas nem um sinal de Cissa. Ao entrar na área dos cavalos ficou
aterrorizada. Os seis animais estavam amarrados uns aos outros pelas caldas, suas
crinas estavam trançadas e todos aparentavam-se desesperados e já cansados de
tentarem se soltar. Núbia deixou os lanches caírem no espanto, mas alguém os
segurou.
_ Oh, cuidado _ disse Cissa ao seu lado, pegando os
lanches. _ Demorou um pouco, hein, mas está perdoada.
_ Os cavalos _ disse ela ainda pasma.
_ Bem, isso é uma baia de cavalos, se você
encontrasse ornitorrincos ia ser estranho, né _ disse Cissa natural, enquanto abocanhava
um lanche.
_ Eu sei! _ disse Núbia. _ Eu quero dizer: Os
cavalos, eles estão amarrados. O que aconteceu? Olha só pra eles, estão
desesperados!
_ Eu achei que ficou legal _ disse Cissa com a boca
cheia, algo nada educado. _ Uma arte! Em todos os sentidos.
Núbia o fitou.
_ Você fez isso? _ perguntou ela.
_ Foi você? _ perguntou ele de volta.
_ Não!
_ Então fui eu _ concluiu ele.
_ Isso é perverso, Cissa!
_ Ah, deixa de drama, menina, depois eu os
desamarro, não se preocupe. Só não conte pro Edgar, ele detesta quando eu
faço isso.
_ Não consigo imaginar o porquê _ ironizou Núbia.
_ Nem eu _ disse Cissa.
Ele acabou com os três lanches em segundos. Depois
começou a desamarrar as caldas dos cavalos. Quando livres, os animais se afastavam
amedrontados, como se Cissa fosse um demônio ou algo assim.
_ Esses cavalos me amam _ comentou Cissa.
_ Não é o que parece _ disse Núbia.
Cissa riu.
_ Obrigada pelos lanches menina _ disse. _ Eu amo
lanches de carne, até parece que você adivinhou _ falava sorridente.
Núbia riu, ele era tão meigo às vezes, porém tão
misterioso em outras.
_ Por nada _ disse ela.
Os dois se sentaram no feno que havia na entrada e
começaram a dialogar. Núbia queria muito se abrir com alguém, e acabou contando
para Cissa sobre a conversa de Lia e Ângela. Ela pensou que Cissa lhe acharia
uma louca por ouvir algo assim e ainda se calar, mas ele foi até bem
compreensivo.
_ Você está certa em não dedura-las. Sério, não
quer ter Lia como inimiga. O que tem de bonita aquela mulher tem de mau.
_ Você sabe por que ela iria querer matar o marido?
_ Preciso responder? Acho que você já está a tempo
o suficiente naquela casa para saber que o cara é um mala! Ranzinza, grosso...
_ Então por que ela se casou com ele?
_ Ela não teve escolha, menina. Foi obrigada. A
única coisa que ela quer é liberdade, e creio que a cozinheira, a Ângela,
também queira. Por isso se uniram. Se você não atrapalhar nos planos delas,
fica ilesas. Então esqueça isso.
_ Esse lugar é uma loucura! _ protestou Núbia com
as mãos na cabeça.
Cissa riu.
_ Calma menina, você ainda não viu nada.
_ Isso era para me acalmar? _ disse Núbia com uma
sobrancelha levantada.
_ Não, pra te assustar mesmo.
Os dois riram. Foi então que se ouviram gritos
vindos do casarão. Isso os fez se levantar e sair da baia para tentar entender
o que estava ocorrendo.
Os gritos eram femininos, mas não pareciam ser de
Lia e nem de desespero, não, eram de ódio.
Núbia era muito curiosa, não podia perder essa.
Então pegou na mão de Cissa e disse:
_ Vamos ver o que é?
Cissa olhou nervoso para o caminho até o casarão.
_ Eu... Não posso entrar aí, Edgar colocou um
limite para mim. Não posso chegar a sequer 10 metros do casarão.
_ Cissa! Tem medo do Edgar? _ disse ela provocativa.
Cissa largou bruscamente da mão dela.
_ Não é medo, menina _ disse ele bravo. _ Eu lá
tenho medo de algo? Não! É... precaução. Agora, se quiser, pode lá ver o que é,
depois me conta.
Núbia deu de ombros, mas não discutiu, simplesmente correu
até o casarão saber o que ocorria.
Comentem o que acharam, que eu posto a outra parte. BJS
demais mais você tem manina de falar demônio nê kkkkk
ResponderExcluirkk. Q bom que gostou.Então sobre o demônio... Bem, tudo vai fazer sentido no final da historia, mas acho que sim, já está virando mania, kk, que mania feia né.
ExcluirBJS
Curiosa pela proxima parte:)
ResponderExcluirlegal. espero q lhe agrade. bjs
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